Arquivo pessoal de Octávio Marcondes Ferraz

Usina de Paulo Afonso

Postado em 01/01/2001
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O acervo histórico da Memória da Eletricidade reúne um conjunto substancial de fotos de um dos mais importantes empreendimentos do setor elétrico nacional: a Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso

Primeira hidrelétrica de grande porte do Nordeste, Paulo Afonso I foi inaugurada em 15 de janeiro de 1955. Seus 180 MW de potência mais que dobraram a disponibilidade de energia elétrica da região na época (110MW), promovendo substancial transformação do cenário social e econômico. Integrante do Complexo de Paulo Afonso, que hoje conta com mais quatro hidrelétricas (Paulo Afonso II, III, IV e Apolônio Sales – conhecida como Moxotó), a usina é localizada no rio São Francisco, no município de Paulo Afonso, na Bahia.

Obras da UHE Paulo Afonso I - Fechamento do rio São Francisco

A hidrelétrica é considerada o primeiro grande investimento estatal no setor de energia elétrica e marco inicial das realizações da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) – constituída em 1948 com o objetivo primordial de promover o aproveitamento hidrelétrico do rio São Francisco e solucionar o déficit energético do Nordeste, região que era precariamente atendida por pequenos sistemas de geração termelétrica.

Um dos maiores feitos da engenharia nacional

Reconhecida como um dos maiores feitos da engenharia nacional, por sua casa de máquinas subterrânea, Paulo Afonso I tem o projeto assinado por Octávio Marcondes Ferraz, doador das imagens que ilustram esse artigo. O engenheiro trouxe uma solução original para o aproveitamento de Paulo Afonso, que se revelou vantajosa tanto do ponto vista técnico como econômico. As obras da usina foram integral e diretamente realizadas pela Chesf – dos acampamentos aos caminhos de serviço, da construção da barragem à montagem eletromecânica da usina, tudo ficou a cargo de engenheiros, técnicos e operários da companhia.

Construção da barragem da Usina Hidrelétrica Paulo Afonso, em 1954

A energia de Paulo Afonso I possibilitou a ampliação do número de localidades atendidas pela Chesf de 28 para 195, no período compreendido entre 1955 e 1961, e a desativação das numerosas pequenas termelétricas que funcionavam à base de combustível importado. Atualmente, o Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso responde por 40% da potência instalada de energia elétrica da Chesf – 4.279,601 MW do total de 10.331,82 MW. As hidrelétricas de Sobradinho, Luiz Gonzaga (Itaparica) e Xingó, também situadas no rio São Francisco, contribuem com a quase totalidade da parcela restante.

Para conhecer um pouco mais sobre essa história, explore nosso acervo histórico disponível para consulta na site, ou entre em contato com a nossa equipe de Acervo e Pesquisa pelos e-mails abaixo:

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