Fundo Germano Seidl Vidal reúne dossiês sobre setor financeiro da Itaipu Binacional

O Acervo da Memória da Eletricidade tem, entre seus destaques, o fundo Germano Seidl Vidal. Contendo sete dossiês que totalizam 901 páginas e abrangem o período entre 1975 e 1989, a série de documentos foi doada pelo próprio militar, que foi diretor de Planejamento de Suprimentos da Itaipu Binacional. Os documentos reunidos no fundo são relatórios de atividades, editais e históricos, entre outros da área financeira, que abordam temas como como tomada de preços e transportes de carga excepcionais.

Sobre Germano Seidl Vidal

Nasceu em 19 de julho de 1922, na cidade do Rio de Janeiro. Em abril de 1940, tornou-se cadete da Escola Militar de Realengo, sendo, em 1943, aspirante. Cursou a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme) e formou-se nos cursos de Comando e Estado-Maior das Forças Armadas e Superior de Guerra pela Escola Superior de Guerra (ESG). Nos anos seguintes, o titular foi subindo hierarquicamente, até atingir a patente de coronel, em 1963.

Representou o Exército na Comissão de Planejamento Nacional (Coplan) e na Junta Executiva Central do Conselho Nacional de Estatística. Enquanto integrante da Força Expedicionária Brasileira (FEB), participou da campanha contra o nazifascismo na Segunda Guerra Mundial. Embarcou no 2º Escalão e participou de todas as operações do 4º Grupo de Artilharia, comandando a Linha de Fogo da 2ª bateria de obuses próximo à cidade de Nápoles, no sul da Itália. 

Na vida civil, Germano Seidl Vidal foi secretário-geral do Conselho Nacional de Estatística (1964), editor técnico do Projeto “Matriz Energética Brasileira” junto ao Ministério das Minas e Energia (MME) e ao Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), pela Montor S.A. Projetos e Sistemas (entre 1972 e 1974) e chefe do Departamento de Planejamento de Suprimentos da Itaipu Binacional (1974 a 1989). 

Em 2001, Germano Vidal colaborou com o projeto de História Oral do Exército, onde foram produzidos videodocumentários sobre temas como a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, a aviação militar brasileira e o processo de construção da Usina Hidrelétrica Itaipu. 

Germano faleceu no dia 04 outubro de 2008, deixando relevantes trabalhos sobre a FEB. Além de militar, acumulava as funções de escritor e historiador.