Imagens valiosas da subestação Niterói da Usina Hidrelétrica Alberto Torres

Iconografia do Acervo

Postado em 14/01/2022
Luiz H. Romagnoli

Jornalista formado pela Escola de Comunicação da UFRJ, foi repórter e subeditor do caderno de cultura do Globo (RJ), além de editor-adjunto de Esportes e editor do suplemento de carros do mesmo jornal. Numa segunda passagem pelo Globo, exerceu a função de gerente de produtos, negócios e projetos especiais. Na Globo.com e TV Globo, foi gerente de conteúdo/editor-chefe dos sites GloboEsporte.com, Big Brother Brasil, Ego e dos programas de entretenimento da emissora (Projac). Na Memória da Eletricidade, é editor do site e consultor.

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Um dos destaques do Acervo da Memória da Eletricidade é o material iconográfico da Usina Hidrelétrica Alberto Torres, também conhecida como Piabanha, particularmente as fotografias (de julho de 1908) da subestação de Niterói. Trata-se de um conjunto com seis imagens. Cinco desses flagrantes expõem o interior da subestação: motores, dínamos, quadro de distribuição e transformadores de corrente constante da usina provisória de Niterói. Um sexto mostra postes de iluminação pública na Rua da Praia, em Niterói. As fotos medem 22cm x 28cm e foram doadas pelo engenheiro Cesar Rabello Cotrim

A Usina de Piabanha foi construída no início do século XX em Areal (na época, parte do município de Três Rios), no Estado do Rio de Janeiro. A usina foi criada para suprir a acentuada demanda de energia elétrica no início do século XX. Naquele período, a empresa Guinle & Co. era a principal responsável por grande parte do fornecimento de eletricidade no Estado e, em 1905, adquiriu uma faixa de terra na região do rio Piabanha. O terreno incluía as quedas d’água da futura usina. O engenheiro César Rabello foi o responsável pelo projeto e pela obra, toda realizada por mão de obra estrangeira. Inaugurada em 9 de novembro de 1908 com a presença do então presidente da República, Afonso Penna, a hidrelétrica contava com uma capacidade instalada de 9.600 kW e uma linha de transmissão de aproximadamente 96 km de extensão, números considerados grandiosos na época. A hidrelétrica bastecia grande parte do território fluminense.

Usina ainda em atividade

Ainda em atividade, a usina conserva hoje as mesmas características da época de sua inauguração. É considerada uma Pequena Central Hidrelétrica, movida pelas águas dos rios Preto e Piabanha. Este último nasce em Petrópolis e banha ainda as cidades de Areal e Três Rios, desaguando 80km à frente, no rio Paraíba do Sul. 

Aquarela de Mario Bhering (de 1988) mostra o prédio da Usina de Piabanha. Crédito da imagem: reprodução do livro "Aquarelas de Mario Bhering" (1998), de Márcio Sampaio

Os 80 anos da Usina de Piabanha, em 1988, inspiraran o engenheiro Mario Bhering, primeiro presidente da Memória da Eletricidade e figura fundamental no desenvolvimento do setor elétrico brasileiro e que também era pintor de aquarelas. Bhering retratou o prédio da hidrelétrica, emoldurado pela paisagem natural ao seu redor. O livro "Aquarelas de Mario Bhering" faz parte da biblioteca do Acervo da Memória da Eletricidade. Escrito por Márcio Sampaio e lançado em 1998, a obra reúne as pinturas do engenheiro.

Luiz H. Romagnoli

Jornalista formado pela Escola de Comunicação da UFRJ, foi repórter e subeditor do caderno de cultura do Globo (RJ), além de editor-adjunto de Esportes e editor do suplemento de carros do mesmo jornal. Numa segunda passagem pelo Globo, exerceu a função de gerente de produtos, negócios e projetos especiais. Na Globo.com e TV Globo, foi gerente de conteúdo/editor-chefe dos sites GloboEsporte.com, Big Brother Brasil, Ego e dos programas de entretenimento da emissora (Projac). Na Memória da Eletricidade, é editor do site e consultor.