A Memória da Eletricidade acaba de dar um passo histórico em sua trajetória de preservação e difusão do patrimônio do setor elétrico brasileiro. A instituição estreia na plataforma global Google Arts & Culture com a exposição virtual Piabanha, um século de história, que apresenta ao público uma narrativa visual inédita sobre a construção da Usina Hidrelétrica Alberto Torres, um marco da eletrificação no estado do Rio de Janeiro. Por meio de fotografias raras, o visitante é convidado a mergulhar nos bastidores da obra monumental iniciada em 1906 e inaugurada apenas dois anos depois, em um terreno com difícil acesso para os moldes de transporte da época.  

Clique aqui e visite a exposição

Por que “Alberto Torres”? 

Embora popularmente chamada de Piabanha, por estar às margens do rio de mesmo nome, a usina foi batizada oficialmente em homenagem a Alberto Torres, um dos grandes pensadores brasileiros do início do século XX. Jurista, político e intelectual fluminense, Torres defendia um Estado forte e planejador, ideias que dialogam diretamente com o espírito de progresso e modernização que a eletricidade simbolizava naquele momento histórico. 

Desafios de uma obra pioneira 

Construir uma usina hidrelétrica em plena serra fluminense, no início do século passado, foi uma verdadeira conquista da engenharia nacional. Os materiais chegavam em carroças, por estradas de terra, e a força de tração animal era o principal motor da logística. Mesmo diante dessas limitações, a usina foi erguida com sucesso e passou a abastecer cidades como Niterói, Magé, Três Rios e São Gonçalo, impulsionando o crescimento urbano e industrial da região. 

 Um espiral de memórias 

A chegada da história de Piabanha à Memória da Eletricidade é resultado de uma valiosa doação realizada em 1988 pelo engenheiro Cesar Rabello Cotrim, neto de um dos responsáveis diretos pela construção da usina. O acervo, composto por mais de 400 fotografias e um livro de registro, foi cuidadosamente preservado pela família ao longo de gerações, até ser incorporado ao nosso arquivo. Desde então, esse conjunto documental passou por um processo criterioso de conservação e digitalização, tornando-se acessível ao público. Em 2025, a equipe da Memória teve a oportunidade de entrevistar Cesar Rabello, cuja contribuição permitiu contextualizar ainda mais esse material raro, oferecendo um olhar pessoal sobre os bastidores de uma das obras pioneiras da eletrificação fluminense. A entrevista compõe a exposição virtual.  

Clique aqui para conhecer a biografia e conhecer o Fundo César Rabello 

Um novo passo na preservação digital 

A parceria com o Google Arts & Culture é um passo importante na missão da Memória da Eletricidade. Mais do que disponibilizar conteúdos históricos online, a instituição amplia o acesso ao conhecimento e reforça o compromisso com a valorização da memória do setor elétrico brasileiro.     A plataforma permite apresentar narrativas curatoriais contextualizadas, combinando imagens, textos e recursos interativos que enriquecem a experiência do visitante e valorizam ainda mais o legado técnico, cultural e social que compõe a memória da eletricidade no Brasil.    Acesse agora o perfil da Memória da Eletricidade na plataforma do Google Arts & Culture e siga para acompanhar esse e os próximos lançamentos.