O engenheiro eletricista Octavio Marcondes Ferraz nasceu no dia 23 de novembro de 1896, em São Paulo. Formou-se em 1918 pelo Instituto Eletrotécnico da Universidade de Grenoble, na França, e iniciou carreira como assistente e engenheiro eletricista na Compagnie Générale Électrique, uma fabricante de equipamentos elétricos.

De volta ao Brasil em 1920, trabalhou inicialmente como professor no Instituto Eletrotécnico de Itajubá, em Minas Gerais. Em seguida, foi engenheiro da Central Elétrica de Rio Claro, coordenador do setor de engenharia no consórcio francês Longovica e da construção das linhas de transmissão e subestações da Light São Paulo, no Vale Paraíba paulista. Depois de passar por essas empresas, fundou, em 1928, o Escritório OMF, a primeira firma brasileira especializada em projetos elétricos e perícias.

Em março de 1948, assumiu a diretoria técnica da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), por ocasião da constituição do escritório. A Chesf foi fundamental para o processo de eletrificação do Nordeste na segunda metade do século XX e atualmente é uma das maiores geradoras de energia elétrica. Sua potência chega a 10.460.430 KW. Ferraz também foi um dos responsáveis pela construção da usina hidrelétrica de Paulo Afonso, considerada, na época, o maior empreendimento da engenharia nacional. Licenciou-se da Chesf quando foi empossado ministro da Viação e Obras Públicas em 1955.

Em 1964, foi nomeado presidente da Eletrobras, permanecendo no cargo até 1967. Aposentou-se em 1984, encerrando também as atividades do escritório OMF. Faleceu no dia 8 de fevereiro de 1990, em São Paulo. Seu depoimento para o programa de História Oral da Memória da Eletricidade foi publicado em 1993 sob o título Octavio Marcondes Ferraz, um pioneiro da engenharia nacional. Também consta arquivos do seu acervo pessoal no CPDOC.

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