O encontro entre o engenheiro Muniz Lopes e o cacique Raoni

23/08/2022

A imagem que registra o encontro do líder caiapó Raoni Metuktire com o engenheiro José Antonio Muniz Lopes está entre os destaques do Acervo da Memória da Eletricidade. O retrato, feito em julho de 1988 por Paula Yone Stroh, faz parte de um conjunto de 12 fotografias que documentam a visita de indígenas do Xingu a Muniz Lopes, na Usina Hidrelétrica de Tcuruí. Na ocasião do encontro com o cacique Raoni, o engenheiro José Antonio Muniz exercia o cargo de coordenador geral da presidência da Eletronorte e era o principal responsável pelos programas indígenas da empresa. A visita de Raoni e dos caiapós a Tucuruí ocorreu já em meio aos debates sobre o projeto de construção da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu.

UHE de Tucuruí

A Usina Hidrelétrica de Tucuruí, que está localizada na cidade de mesmo nome no estado do Pará, na bacia do rio Tocantins. Em potência instalada, Tucuruí é a segunda maior usina hidroelétrica 100% brasileira, ficando apenas atrás da usina de Belo Monte. Seu vertedouro, com capacidade para 110.000 m³/s, é o segundo maior do mundo. A construção foi iniciada em 21 de novembro de 1974. A usina foi inaugurada em 22 de novembro de 1984 pelo presidente João Figueiredo com capacidade de 4000 MW, ampliados em meados de 2010 para 8.370 MW. A barragem de Tucuruí, de terra, tem 11 km de comprimento e 78 m de altura. O desnível da água varia com a estação entre 58 e 72 m. O reservatório tem 200 km de comprimento e 2.850 km² de área quando cheio, ou seja 0,341 km² por MW instalado. Quando o nível é mínimo (62 m), a área alagada diminui em cerca de 560 km². A vazão média do rio ao longo do ano nesse ponto é aproximadamente 11.000 m³/s; a máxima observada (março de 1980) foi 68.400 m³/s.