Henrique Brandão Cavalcanti nasceu em 11 de abril de 1929, na cidade do Rio de Janeiro. Formou-se em Engenharia Civil no ano de 1951 pela Universidade McGill, em Montreal, Canadá. O titular exerceu suas atividades profissionais como engenheiro assistente do diretor técnico e engenheiro Léo Amaral Penna, na Companhia Auxiliar de Empresas Elétricas Brasileiras - Caeeb, na década de  1950, iniciando assim sua atuação como residente nas obras da Usina Hidrelétrica Peixoto, em 1951. Encerrou esta etapa de sua carreira como membro da Comissão de Racionamento de Eletricidade de Belo Horizonte, juntamente com o Almirante Miguel Magaldi e o engenheiro Mauro Thibau, no ano de 1959. Realizou, também, estágio industrial, patrocinado pelo governo francês, no período de 1952 a 1953, diplomando-se pela Universidade Estadual da Pensilvânia e pela International School of Nuclear Science and Engineering, do Laboratório Nacional de Argonne, Illinois, Estados Unidos da América, em 1958.

Entre 1960 a 1964, trabalhou como diretor na Economia Engenharia Industrial S.A. - Ecotec, atuando em diversos projetos, principalmente na área de energia, como por exemplo, no Comitê de Estudos Energéticos da Região Centro-Sul - Canambra, do qual foi secretário, da Usina Hidrelétrica Suíça, no Espírito Santo e da Usina Nuclear de Mambucaba, da Comissão Nacional de Energia Nuclear - Cnen. Nesse mesmo período, o titular lecionou Operação de Sistemas Elétricos na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, bem como Economia da Energia na Escola Nacional de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. No período de 1965 a 1967, Brandão Cavalcanti exerceu a presidência da Sociedade Termoelétrica de Capivari S.A. - Sotelca, em Santa Catarina, juntamente com as funções de diretor superintendente da Companhia Força e Luz do Paraná - CFLP. Em seguida, o engenheiro pede exoneração de ambos os cargos e passa a atuar como secretário-geral do Ministério das Minas e Energia - MME, enquanto José Costa Cavalcanti estava à frente do órgão. Além desse Ministério, soma-se também sua presença no Ministério do Interior, trabalhando junto ao general Afonso de Albuquerque Lima, participando do Conselho de Administração do Banco Nacional de Habitação - BNH.

Assumiu em 1975 a chefia do gabinete do presidente da Centrais Elétricas Brasileiras S.A - Eletrobras, Mario Penna Bhering. Exerceu o papel de delegado na Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, no ano de 1972, em Estocolmo; na Conferência Mundial da População, em 1974, em Bucareste. Também foi membro do Conselho de Administração do Banco Nacional de Habitação - BNH, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, presidente do Conselho Consultivo do Meio Ambiente e vice-presidente da Comissão de Regiões Metropolitanas e Política Urbana. Entre 1975 e 1984, Henrique Brandão foi diretor industrial e, em seguida, presidente da Siderurgia Brasileira S.A. - Siderbrás, durante o governo de Ernesto Geisel e de João Figueiredo. Nessa oportunidade, o titular compôs o Conselho do Instituto Brasileiro de Siderurgia. Retornou à Eletrobras como assessor do presidente, em 1985, aposentando-se logo em seguida por tempo de serviço. Em seguida, começou a dirigir o International Environmental Bureau, uma organização sem fins lucrativos dedicada à transferência de tecnologia sobre proteção ambiental dos países em desenvolvimento, com sede na Suíça, entre os anos de 1986 a 1989.

Até o ano de 1994, Brandão Cavalcanti foi consultor e seguidamente diretor da Companhia do Jari e da Caemi Mineração e Metalurgia. Nesse mesmo ano, de abril a dezembro, exerceu a pasta do Ministério de Meio Ambiente e da Amazônia Legal, durante a administração do presidente Itamar Franco. Durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1995, foi designado como representante pessoal do dirigente, e eleito presidente da Comissão de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, até o ano seguinte. Nessa oportunidade, foi nomeado comissário do Brasil à Exposição Mundial sobre Oceanos, ocorrida em Lisboa, em 1998. No decorrer de sua carreira, participou como membro de diversas associações na área da engenharia e do meio ambiente, dentre elas a Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais, Fundação Pró-Natureza, Programas Laspau - Universidade de Harvard. Tornou-se também diretor do Marine Stewardship Council, o qual teve como sede Londres, Inglaterra. Foi sócio e consultor da BC Associados, Consultoria e Projetos, onde exerceu suas atividades nas áreas de organização, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.