Informações Gerais
José Jorge de Vasconcelos Lima nasceu em Recife (PE) no dia 18 de novembro de 1944. Formou-se em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 1967, e em Economia pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), em 1968. Concluiu o mestrado na Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1971, especializando-se em Pesquisa Operacional. Fez também pós-graduação em Estatística na Universidade de Madri (Espanha) em 1972. Tornou-se professor da UFPE e da Unicap.
Foi secretário de Educação e Cultura (1975-1979) e de Habitação (1979-1982) de Pernambuco nos governos de José Francisco de Moura Cavalcanti (1975-1979) e Marco Antônio de Oliveira Maciel (1979-1982). Conquistou seu primeiro mandato de deputado federal em novembro de 1982, elegendo-se pelo Partido Democrático Social (PDS). Em 1984, foi um dos fundadores do Partido da Frente Liberal (PFL). Reelegeu-se nos pleitos de 1986, 1990 e 1994. Esteve licenciado da Câmara dos Deputados de março de 1991 a setembro de 1992 e de outubro de 1992 a março de1993, quando assumiu a Secretaria de Educação, Cultura e Esportes de Pernambuco, no governo de Joaquim Francisco de Freitas Cavalcanti (1991-1995). De 1995 a 2001, ocupou a VicePresidência nacional do PFL, tendo exercido a Presidência do partido entre 1996 e 1997.
Eleito senador em outubro de 1998, solicitou licença do mandato em março de 2001 para assumir o Ministério de Minas e Energia (MME), no lugar de Rodolpho Tourinho Neto. O início de sua gestão foi marcado por uma grave crise no setor de energia elétrica brasileiro. No primeiro semestre de 2001, a redução da oferta de energia, provocada pelo atraso de importantes obras de geração, foi agravada por uma drástica redução nos níveis de chuvas verificados nos três primeiros meses do ano, período em que os reservatórios das usinas hidrelétricas atingiam, em média, 40% de sua capacidade de armazenamento. A estiagem afetou principalmente as regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste do país, comprometendo seriamente a capacidade das usinas. Tentando evitar um possível colapso no abastecimento, José Jorge anunciou, em abril de 2001, o Plano de Racionalização de Energia. As principais medidas visando a redução do consumo foram a veiculação de uma campanha publicitária nos meios de comunicação, com orientação para a economia de energia, e o estabelecimento de cotas de consumo para os diversos tipos de consumidores. Foram também anunciados uma redução de 15% no consumo das repartições públicas federais e o incentivo a programas de redução do desperdício de energia.
O aumento da oferta seria garantido pela construção de novas unidades termelétricas e pela expansão do sistema de transmissão. Procurou-se facilitar a implementação do Programa Prioritário de Termelétricas (PPT), lançado no ano anterior, através da edição de uma portaria do MME fixando um modelo de proteção cambial para o preço do gás a ser utilizado nas novas usinas a serem instaladas. Com a medida visava-se retirar um dos principais entraves à participação da iniciativa privada na construção das usinas termelétricas previstas.
A condução do programa de emergência foi entregue à Câmara de Gestão da Crise de Energia (CGCE), instituída em maio de 2001 e presidida pelo ministro da Casa Civil, Pedro Pullen Parente. Dela também fizeram parte quatro coordenadores setoriais, incluindo o titular do MME. Entre outras atribuições, a CGCE ficou responsável pelo estabelecimento dos regimes especiais de tarifação e pela instituição de limites ao consumo de energia, sendo tais medidas submetidas ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
A execução do plano foi efetivamente concretizada no mês de junho, quando teve início o racionamento de energia. A imposição das cotas para os consumidores das regiões Nordeste,Sudeste e Centro-Oeste previu a adoção de cortes de energia para aqueles que não conseguissem cumprir a meta de 20% de redução no consumo. A definição das cotas para cada unidade consumidora ficou a cargo das empresas distribuidoras, e teve por base a média de consumo verificada entre maio e julho do ano anterior.
Como complemento às ações emergenciais foram planejadas no âmbito do MME várias iniciativas de médio e longo prazo, destacando-se a interligação do sistema elétrico do Brasil com o da Argentina, a conclusão e extensão do gasoduto Brasil-Bolívia e o aumento da capacidade instalada da Usina Hidrelétrica Itaipu. Foram também retomados os debates sobre o projeto nuclear brasileiro e a construção da Usina Termonuclear Angra Ill e incentivados os investimentos em energia eólica.
José Jorge publicou diversos trabalhos, destacando-se textos sobre educação e estudos sobre Pernambuco. Foi também autor de Energia Eólica. Deixou o ministério em março de 2002, tendo sido substituído por Pedro Parente, em caráter interino, e, no mês seguinte, por Francisco Luiz Sibut Gomide.
Ministério das Minas e Energia
Cargo: Ministro de Minas e Energia
Início: 2001
Término: 2002
Curso: Engenharia (mestrado), na COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro (GB), em 1971,
Curso: Economia, na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Recife (PE), em1968.
Curso: Engenharia Mecânica, na Universidade Federal de Pernambuco, Recife (PE), em 1967.