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Empresas e empresários de ônibus na cidade do Rio de Janeiro
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Código
1273
Título
Empresas e empresários de ônibus na cidade do Rio de Janeiro
Subtítulo
A política municipal, a Viação Excelsior e os faiscadores do transporte coletivo (1906-1948) / (1906 - 1948)
Créditos
Américo Oscar Guichard Freire ; José Luiz Foresti Werneck da Silva (orientador)
Tipo documental
Origem
Nacional
Dados da publicação
Rio de Janeiro, RJ : UFRJ
Data de publicação
1992
Detalhes
Ilustrado
Nº de páginas
438
Nota de resumo
Esta dissertação examina a dinâmica do serviço de ônibus na cidade do Rio de Janeiro, entre os anos de 1906 e 1948, em uma perspectiva política. Procura-se analisar os principais agentes que atuaram na constituição e na evolução do serviço no período, ou seja: o Poder Municipal, a Light - principalmente através da sua Viação Excelsior - e o empresariado, denominado por um alto funcionário municipal de "faiscadores" do transporte coletivo. A Municipalidade teve um papel importante na formação e consolidação do serviço de ônibus na cidade. Os transportes coletivos representavam um setor estratégico para a reprodução das atividades econômicas e a expansão urbana. No início do século XX o setor encontrava-se fora do controle da autoridade municipal seja pela presença do Governo Federal (através da Estrada de Ferro Central do Brasil) seja pela presença de empresas estrangeiras (a Light e a Leopoldina Railway) que negociavam seus contratos diretamente com a União. A expansão do serviço de ônibus, regulada pela Municipalidade, e viabilizada a partir de meados da década de 1920, criou condições concretas para que a Prefeitura pudesse interferir diretamente na política para os transportes coletivos na cidade. Esta foi, ao nosso ver, uma das razões que levaram o Poder Municipal a atuar, em linhas gerais, de forma a fortalecer o serviço na cidade. A Light, maior concessionária de serviços públicos na cidade, procurou preservar suas companhias de carris da concorrências dos ônibus constituindo um serviço próprio de ônibus, liderado pela Viação Excelsior, absorvendo pequenas empresas urbanas e finalmente divulgando a proposta de "empresa única", isto é: o monopólio dos transportes coletivos nas mãos da empresa. Com o fim da Era Vargas e a derrota das propostas que sugeriam a unificação dos serviços de transportes pelo Estado ou pela Light, a empresa começou a retirar-se do setor de transportes na cidade extinguindo, em 1948, a Viação Excelsior. O núcleo inicial do empresariado de ônibus independente da Light constituiu-se nas décadas de 1920 e 1930. Este núcleo organizou-se, a partir de 1932, na União das Empresas de Ônibus, transformada, em 1941, em sindicato da categoria. As restrições impostas pela Prefeitura para a formação de novas empresas favoreceram o grupo de empresários organizados na União que puderam, ao longo das décadas de 1930 e 1940, concentrar grande parte do serviço em suas mãos. Mesmo assim, o empresariado manteve uma atuação marcadamente defensiva, voltada para assegurar os espaços já conquistados.
Notas

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais.