GARCIA LLANO, Raul Diretor-técnico da Cem; presidente da Eletronorte

Raul Garcia Llano nasceu no Rio de Janeiro (DF) em 13 de julho de 1919. Cursou a Escola Militar do Realengo de 1938 a 1940, da qual saiu aspirante a oficial da arma de Engenharia. Serviu como oficial subalterno no 32º Batalhão de Caçadores de 1941 a 1942, no Batalhão Escola de Infantaria (BEI) em 1943, e como auxiliar instrutor na Escola Militar de Resende, depois transformada na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em 1944. No ano seguinte ingressou no Escola Técnica do Exército (ETEx), depois transformada no Instituto Militar de Engenharia (IME), pelo qual se formou em Engenharia Elétrica em 1948.

Iniciou sua carreira profissional em 1949 como chefe do setor de eletricidade e hidráulica da Comissão Especial de Obras n° 8 do Exército, função que exerceu até junho de 1953. Do mês seguinte até junho de 1959 foi professor em comissão na Escola Técnica do Exército, lecionando Termodinâmica, Hidráulica, Máquinas Hidráulicas e Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica. Em julho de 1959 assumiu o cargo de diretor-técnico da Companhia de Eletricidade de Manaus (Cem). Durante sua gestão, inaugurou, em setembro de 1962, o novo sistema elétrico da capital amazonense, implantado através da Usina Termelétrica Manaus I, a vapor, e da reforma e substituição do antigo sistema de distribuição em corrente contínua da cidade.

De novembro de 1962 a setembro de 1966 foi superintendente da Refinaria de Manaus da Companhia de Petróleo da Amazônia. Deixando a Cem em março de 1967, nesse mesmo mês assumiu o cargo de assistente da Diretoria de Planejamento e Engenharia da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobrás). Nessa condição, tornou-se vice-presidente do Comitê Coordenador dos Estudos Energéticos da Amazônia (Eneram), função que exerceu de maio de 1969 a dezembro de 1971. O relatório final dos trabalhos indicou a criação da Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (Eletronorte) e determinou a continuação dos estudos de inventário do potencial hidráulico da Bacia Amazônica. Representou a Eletrobrás também no Comitê Coordenador dos Estudos Energéticos da Região Nordeste (Enenorde), de abril de 1970 a março de 1973.

Em 20 de junho de 1973 foi eleito presidente da recém-criada Eletronorte. Durante sua gestão, deu-se continuidade à execução dos estudos de potencial hidráulico da Amazônia até então realizados, foram conduzidas negociações para viabilização de diversos projetos e iniciou-se a construção da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. Foi reeleito para o cargo em 23 de junho de 1977 e em 14 de abril de 1981. Permaneceu na Presidência da Eletronorte até o seu falecimento no Rio de Janeiro (RJ) no dia 13 de dezembro de 1982. Foi substituído em caráter interino pelo diretor administrativo Hélio Cunha Costa, que ocupou o cargo até que o novo titular Douglas Souza Luz assumisse em janeiro do ano seguinte.