Banco de Usinas
Usina Hidrelétrica Paraúna
Compartilhar
Nome
Usina Hidrelétrica Paraúna
Usina Hidrelétrica Hulha Branca
Número de registro
BC.REF-US.004
Categoria
UHE
Empresa
Município/Estado
Gouvêa - MG
Localização
Região
Sudeste - SE
Latitude
18° 38'
Longitude
43° 58'
Potência
4.280 kW
Data de Construção
00/00/1924
Inauguração
00/00/1924
Operação
00/00/1927
Histórico

A Usina Hidrelétrica Paraúna, também conhecida como Usina Hidrelétrica Hulha Branca, do tipo bacia de acumulação, localiza-se no rio Paraúna, afluente do rio Cipó, bacia hidrográfica do rio São Francisco, no município de Gouvêa, no lado direito da Rodovia BR-259, a 224 km de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais. A exploração da cachoeira de Paraúna foi concebida em 1920, por grupo francês que ali se instalara, para desenvolver a mineração na região. Porém, somente em 1924, as famílias Ramos e Guerra, do município de Diamantina, fundaram a sociedade industrial Hulha Branca, com o objetivo de instalar no local máquina geradora de eletricidade para abastecimento do município. A usina foi inaugurada em 1924, tendo entrado em operação comercial em 1927. Contava com unidade com 1.000 kW de potência, com gerador Siemens de 1.250 kVA, montado pelo engenheiro alemão Kurt Senser. Compreendia canal lateral escavado na ombreira do rio, com comprimento de 250 metros, até tomada d'água, de onde partia tubulação forçada de chapa de aço, com diâmetro de 1,40 metro e comprimento de 200 metros, até a casa de máquinas, aproveitando desnível de 65 metros. Em 1945, a família Othon Bezerra de Mello, tendo construído a Fábrica de Tecidos Maria Amália, no município de Curvelo, adquiriu o controle da usina, constituindo a Companhia Luz e Força Hulha Branca. Foram, então, iniciadas as obras de construção da barragem principal, com as estruturas da tomada d'água, vertedouro, túnel de acesso às chaminés-de-equilíbrio, conduto forçado e instalação das máquinas 2 e 3. A montagem da máquina 2, que entrou em operação em 1946, com a mesma potência da primeira, foi supervisionada pelo Eng. Gerard Hammer, da Siemens, assessorado pelo encarregado da usina, Sr. Frederick Schimidt. Em meados de 1945, foram iniciados os trabalhos de montagem da máquina 3, com potência de 2.280 kW, que entrou em operação no final de 1949. O transporte dos equipamentos das unidades 2 e 3, durante a Segunda Guerra Mundial, foi realizado por via férrea até a Estação Curvelo e daí até a usina, em jipe e caminhão. A máquina 1, diferentemente, foi transportada por via férrea até a Estação do Rodeador, entre os municípios de Corinto e Diamantina, e daí até a usina, em carroças de boi e tropas de burro. As obras civis de adequação da barragem, tomada d'água, túnel adutor, chaminé-de-equilíbrio e casa de máquinas, iniciadas em 1947 e concluídas em 1949, foram projetadas pelo Eng. Paul Walter e executadas pela Empresa Nacional de Melhoramentos Ltda.. A montagem da tubulação forçada para a máquina 3 foi executada pela firma Horácio Albertini, a montagem da turbina, pela SKF do Brasil e do gerador, pela firma sueca Asea (Allemänna Suenska Elecktriska Atiebolaget). Durante as obras de ampliação da usina, em fins de 1947, o então futuro governador do estado de Minas Gerais, Juscelino Kubitschek de Oliveira, visitou o canteiro de obras, acompanhado por autoridades do município de Diamantina. A usina funcionou sob a administração da Companhia Luz e Força Hulha Branca até meados de julho de 1978, fornecendo energia aos municípios de Diamantina, Curvelo e Gouvêa, quando foi encampada pela Centrais Elétricas de Minas Gerais S.A. (Cemig), atual Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), tendo sido interligada à Usina Hidrelétrica Bernardo Mascarenhas ou Três Marias. A usina encontra-se atualmente em operação.

Situação atual
Usina em operação.
Última atualização
00/00/1999