AMARANTE, Carlos Alberto Pádua Presidente da Escelsa; chefe do Departamento de Engenharia, diretor de Planejamento e Engenharia e diretor de Gestão Empresarial da Eletrobrás; diretor-presidente da Celf; diretor-presidente da CBEE.

Carlos Alberto Pádua Amarante nasceu no Rio de Janeiro (DF) em 6 de fevereiro de 1934. Formou-se em Engenharia Civil na Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1956, tendo realizado aperfeiçoamento em obras hidráulicas. Iniciou suas atividades profissionais em 1956, como estagiário na Seção de Engenharia Civil e Hidrologia da Companhia Auxiliar de Empresas Elétricas Brasileiras (Caeeb). No ano seguinte ingressou como engenheiro na Centrais Elétricas de Minas Gerais S.A. (Cemig), depois transformada na Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), tendo participado da implantação da Usina Hidrelétrica Camargos, da Usina Hidrelétrica Três Marias e da Usina Hidrelétrica Jaguara, da ampliação da Usina Hidrelétrica Itutinga e dos estudos de inventário e de planejamento energético da região Sudeste, em especial no estado de Minas Gerais.

No ano de 1967 acumulou o cargo de presidente da Companhia Mineira de Águas e Esgotos (Comag). No ano seguinte, deixou a Cemig para assumir a Presidência da Espírito Santo Centrais Elétricas S.A. (Escelsa). Nesse cargo, conduziu o processo de fusão dessa empresa com a Companhia Central Brasileira de Força Elétrica (CCBFE), então filiada à American and Foreign Power Company (Amforp), concretizado em 1º de julho de 1968 e, após o qual, a Escelsa se tornou subsidiária da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobrás). Atuou na expansão do sistema elétrico estadual, na conversão do sistema de 50 Hz para 60 Hz e na construção da Usina Hidrelétrica Mascarenhas.

Em 1971 deixou a Presidência da Escelsa, tendo sido substituído por Luiz Moreira Barbirato. Tornou-se em seguida chefe do Departamento de Engenharia da Eletrobrás, tendo atuado nos Estudos Energéticos do Nordeste e nos Estudos Energéticos da Amazônia. Em 1974, tornou-se assistente da Diretoria de Planejamento e Engenharia da holding estatal. Foi presidente da Centrais Elétricas Fluminenses S.A. (Celf) e da Companhia Brasileira de Energia Elétrica (CBEE) entre 1975 e 1978. Nesse cargo, foi responsável pela absorção, pela CBEE, do sistema elétrico da Celf, e pela implementação do programa de eletrificação rural. Em 1980, a CBEE seria transformada na Companhia de Eletricidade do Estado do Rio de Janeiro (Cerj). Assumiu a Diretoria de Planejamento e Engenharia da Eletrobrás em 1979 e, em 1981, tornou-se assessor da Presidência da empresa, na gestão de José Costa Cavalcanti.

Nessa função, representou a Eletrobrás em reunião da Organização Latino-Americana de Energia (Olade), tendo elaborado relatório sobre o papel da hidroeletricidade na expansão dos sistemas elétricos da América Latina. Como presidente do Comitê Brasileiro de Grandes Barragens (CBGB), organizou a 50ª Reunião Executiva e o XIV Congresso Internacional de Grandes Barragens, ambos realizadas no Rio de Janeiro (RJ), em 1982. A partir de 1982, como consultor independente, atuou junto ao Grupo Othon e à Companhia Brasileira de Estruturas (Cobe) e realizou a coordenação geral do Programa de Fortalecimento Institucional da ElectroPeru, com patrocínio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Foi diretor de Gestão Empresarial da Eletrobrás de 1985 a 1990 e membro do Conselho de Administração da Escelsa. Faleceu no Rio de Janeiro (RJ) em 15 de janeiro de 1990.