Eliezer Batista da Silva nasceu em Nova Era (MG) no dia 4 de maio de 1924. Formou-se em Engenharia Civil pela Escola de Engenharia da Universidade do Paraná em 1948. Filho de José Batista da Silva e Maria Natividade Pereira, e pai do empresário Eike Batista.

Iniciou sua carreira na Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), trabalhando no Departamento de Construções da Estrada de Ferro Vitória-Minas, do qual tornou-se chefe em 1951. Desempenhou também as funções de assistente de Engenharia, em 1957, e de superintendente dessa ferrovia. Presidiu a CVRD nos governos Jânio da Silva Quadros (1961) e João Belchior Marques Goulart (1962-1964). No mesmo período, realizou cursos de especialização nos Estados Unidos e na Europa.

Entre 1962 e 1963, acumulou a Presidência da CVRD com o cargo de ministro das Minas e Energia, sucedendo nesta função a João Mangabeira. Durante essa sua gestão, foram iniciadas as negociações para a compra das empresas subsidiárias da American & Foreign Power Company (Amforp) pelo governo brasileiro. Comandada pela Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobrás), a operação seria concluída em 1964, já sob o regime militar. Eliezer Batista foi substituído no Ministério das Minas e Energia (MME) por Antônio Ferreira de Oliveira Brito em 1963, e deixou a Presidência da CVRD após a deposição de João Goulart em 31 de março de 1964.

Ocupou em seguida os cargos de diretor-presidente da Minerações Brasileiras Reunidas S.A. (1964-1968) e de vice-presidente da Itabira International Company, sediada em Nova York (Estados Unidos). Foi ainda diretor da Itabira Eisenerz GMPH (1968-1974), com sede em Dusseldorf (Alemanha Ocidental), e presidente da Rio Doce Internacional S.A., subsidiária da CVRD com sede em Bruxelas (Bélgica), tendo exercido essa última função entre 1968 e 1979 e entre 1986 a 1997. Voltou a presidir a CVRD no governo João Baptista de Oliveira Figueiredo (1979-1985), permanecendo à frente do cargo até 1986, já na gestão do presidente José Sarney Costa (1985-1990).

No governo de Fernando Collor de Mello, (1990-1992), chefiou a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), a partir de abril de 1992. Nessa sua gestão, coordenou um estudo sobre o setor elétrico brasileiro, cujas conclusões apontaram para a necessidade de integração dos sistemas elétricos sul-americanos. Dentre os frutos desse trabalho, destaca-se a retomada do projeto de construção do gasoduto Brasil-Bolívia e a assinatura de um protocolo de intenções por Fernando Collor e o presidente boliviano, Jaime Paz Zamora (1989-1993) para a realização do empreendimento. As obras de construção foram iniciadas nas gestões de Fernando Henrique Cardoso (1995-1998) e Gonzalo Sánchez de Lozada (1993-1997).

Eliezer Batista deixou o comando da SAE em outubro de 1992. Mais tarde, tornou-se membro do Conselho de Desenvolvimento Estratégico do Grupo Inepar e foi um dos fundadores do Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentado. Durante o segundo governo de Fernando Henrique Cardoso (1999-2002), assumiu uma vaga no Conselho Coordenador das Ações Federaisno Rio de Janeiro.

Foi também professor da Escola Politécnica do Espírito Santo e o único brasileiro a receber o título de doutor honoris causa da Academia Russa de Ciências. Publicou "Infra-estrutura para o desenvolvimento sustentado e integração da América do Sul" (1997).