Diretor técnico e diretor de Planejamento da CEEE/RJ; superintendente de Construção da Celf; chefe da Divisão de Coordenação Técnica da Usina Hidrelétrica Funil e do Escritório de Obras da Usina Termonuclear Angra I, diretor de Produção Termonuclear e presidente de Furnas; diretorsuperintendente e diretor de Centrais Nucleares da Nuclen; presidente da Eletronuclear.

Ronaldo Arthur Cruz Fabrício nasceu no Rio de Janeiro (DF) no dia 24 de setembro de 1933. Formou-se em Engenharia Civil pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1957.

Iniciou sua carreira na Comissão Estadual de Energia Elétrica do Estado do Rio de Janeiro (CEEE/RJ), da qual foi diretor técnico e diretor de Planejamento de 1959 a 1962. Engenheiro responsável pela construção da Avenida Perimetral, no Rio de Janeiro (GB), entre 1962 e 1964, ocupou em seguida o cargo de superintendente de Construção (1964-1967) da Centrais Elétricas Fluminenses S.A. (Celf). Foi responsável pela construção da Usina Termelétrica Roberto da Silveira, também denominada Usina Termelétrica Campos.

Em 1967, ingressou na Central Elétrica de Furnas S.A. (Furnas), depois denominada Furnas Centrais Elétricas S.A (Furnas). Chefiou a Divisão de Coordenação Técnica da Usina Hidrelétrica Funil, de 1967 a 1970, e o Escritório de Obras da Usina Termonuclear Angra I, de 1970 a 1975. Neste último ano, assumiu a Prefeitura de Niterói (RJ), cargo que ocupou até 1977. Ingressou em seguida na Nuclebrás Engenharia S.A. (Nuclen), primeiro como diretor superintendente (1977-1984) e depois como diretor de Centrais Nucleares (1985-1986). Foi também diretor-presidente da Cenosi Indústria e Comércio Ltda. (1987-1989) e primeiro diretor de Produção Termonuclear de Furnas (1993-1994), sendo sucedido neste cargo por Pedro José Diniz de Figueiredo. Assumiu a Presidência de Furnas em maio de 1994, em substituição a Marcello Lignani Siqueira.

Sua gestão foi marcada por ações visando o saneamento financeiro da empresa e pelas dificuldades para a obtenção de novos financiamentos. A escassez de recursos levou a direção de Furnas a adotar novas estratégias, destacando-se as medidas de racionalização administrativa e de redução de custos. Na área de geração de energia, destacam-se a negociação de uma parceria com a iniciativa privada para a conclusão da Usina Hidrelétrica Serra da Mesa e a obtenção de dois empréstimos da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobrás) para a conclusão da Usina Termonuclear Angra II e da Usina Hidrelétrica Corumbá, respectivamente. Os novos empreendimentos no setor de transmissão tiveram, no entanto, suas obras interrompidas, conservando-se apenas as atividades de manutenção e ampliação do sistema. Ronaldo Arthur Cruz Fabrício deixou a Presidência de Furnas em junho de 1995, tendo sido substituído por Luiz Laércio Simões Machado.

Foi eleito em seguida presidente da Nuclen e depois da Eletrobrás Termonuclear S.A. (Eletronuclear), empresa resultante da cisão de Furnas em agosto de 1997, promovida como etapa necessária ao processo de privatização da empresa. Uma vez concluída a Usina Termonuclear Angra II, em 2000, renunciou ao seu mandato, retirando-se para a iniciativa privada.