'O patrimônio histórico e cultural tem nas ferramentas da era digital um importante aliado'
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Dia 17 de agosto é Dia Nacional do Patrimônio Histórico, celebrado em homenagem ao nascimento do primeiro presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Rodrigo Melo Franco de Andrade. Para a data, a Memória da Eletricidade conversou com o diretor de Cooperação e Fomento do Iphan, Marcelo Brito:
P: Como a era digital impacta as práticas de preservação do patrimônio histórico no Brasil?
R: O processo de conhecimento necessário para intervir no patrimônio histórico e cultural tem nas ferramentas da era digital um importante aliado. A era digital vislumbra uma série de possibilidades que podem auxiliar na tomada de decisões e no desenvolvimento de projetos de intervenção no patrimônio, além do monitoramento de setores declarados. É um aspecto importante a ser explorado, pensando no futuro.
P: Como o Iphan tem incorporado essas mudanças?
R: A criação de base de dados, como o Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão, em curso, é um exemplo concreto, pois possibilita organizar e facilitar o acesso às informações sobre o Patrimônio Cultural preservado. O sistema deverá facilitar e tornar mais operativa a atuação do Iphan em suas atividades de identificação, reconhecimento e gestão do patrimônio.
P: Por que preservar o patrimônio histórico? Como isso afeta a sociedade?
R: Os bens do Patrimônio Cultural Brasileiro guardam histórias e referências identitárias dos diferentes grupos formadores de nossa sociedade. É um extenso acervo de bens móveis e imóveis, cuja conservação é de interesse público. Estão vinculados a fatos memoráveis ocorridos no país ou que possuem excepcional valor arqueológico, etnográfico, bibliográfico, arquitetônico, artístico. Além do patrimônio histórico, cuidamos ainda do patrimônio imaterial, que são as formas de expressão e manifestações culturais singulares dos nossos povos, extensamente catalogadas e inventariadas. Expressões que dizem muito sobre o que é ser brasileiro. Cuidar desses bens significa preservar a nossa memória e a nossa identidade.