Itaipu apresenta primeiro barco movido totalmente a hidrogênio verde do Brasil
Barco 100% movido a hidrogênio verde foi desenvolvido por Itaipu. Foto: William Brisida / Itaipu Binacional
A Itaipu Binacional e o Itaipu Parquetec apresentaram o primeiro barco 100% movido a hidrogênio verde do Brasil. A primeira navegação ocorreu na última terça-feira, 7 de outubro, no reservatório da geradora, junto à barragem, e foi acompanhada por jornalistas e colaboradores
Segundo o diretor-geral brasileiro, Enio Verri, o projeto une duas vertentes importantes da atuação da empresa: a inovação e a responsabilidade socioambiental.
“A inovação tecnológica é uma grande marca de Itaipu nos seus mais de 50 anos. E, com esse barco, temos algo que o mundo inteiro está buscando, que é um meio de transporte que não polui e que, em Belém, vai ajudar os trabalhadores e trabalhadoras que atuam com material reciclável”, afirmou Verri.
A entrega oficial da embarcação será durante a COP30, em Belém. O projeto faz parte de um conjunto de iniciativas da como parte dos investimentos do governo do Brasil na organização da Conferência Mundial do Clima, da ONU.
O barco ficará sob responsabilidade da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), que irá monitorar tanto seu uso na coleta seletiva quanto o abastecimento com hidrogênio verde, além de utilizá-lo em pesquisas.
O barco
A embarcação foi desenvolvida aproveitando a experiência de mais de 10 anos da produção de hidrogênio verde no Parquetec. Com 1,5 toneladas e capacidade de carga de 9 ton, o barco é de alumínio, com 9,5 m de comprimento por 3 m de largura. Conta com um sistema fotovoltaico integrado complementar. A embarcação não emite ruídos nem poluentes. O único resíduo do motor a hidrogênio é água pura.
Para o diretor superintendente do Itaipu Parquetec, Irineu Colombo, o barco reflete o papel do parque de reunir diversas frentes de pesquisa aplicada em um ecossistema inovador, voltado à promoção da sustentabilidade. “É uma tecnologia que alguns países já estão desenvolvendo e nós temos condições de ajudar o Brasil a acelerar seu uso em barcos, caminhões, ônibus e até aviões”, garantiu.