Memória da Eletricidade no CUME

Debate sobre os caminhos da consultoria em História Oral
27/08/2025

A história oral, metodologia fundamental para a preservação da memória institucional e social, foi o tema central do debate no evento online organizado pelo CUME - Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa em Cultura e Memória, e realizado na última segunda-feira (26), de forma virtual. O evento, intitulado “Consultoria em História Oral: Desafios, Impasses e Potencial”, contou com a participação do historiador e arquivista da Memória da Eletricidade, Gabriel Vabo, que dividiu a mesa com outros renomados profissionais do setor.

O debate teve como objetivo elucidar as nuances do trabalho autônomo e consultivo na área. Foram abordadas questões práticas do cotidiano do historiador, como a elaboração e a gestão de projetos, formas de precificação de serviços, e como estabelecer e manter um relacionamento produtivo com os empregadores e clientes.

A mediação ficou a cargo de Ulisses M. R. Franco, pesquisador do CUME Lab, com abertura de Ricardo Santhiago, coordenador do laboratório. A discussão foi enriquecida pelas experiências diversas dos palestrantes convidados: a pesquisadora autônoma Daisy Perelmutter, de São Paulo; Osias Neves, fundador do Escritório de Histórias, de Belo Horizonte; e do historiador Gabriel Vabo, do Rio de Janeiro.

 

A contribuição da Memória da Eletricidade

 A participação de Gabriel Vabo trouxe para o debate a valiosa perspectiva de quem atua na interface entre a história oral e a preservação do patrimônio histórico de um setor estratégico para o país: o setor elétrico. Na Memória da Eletricidade, Vabo atua na gestão de acervos históricos e na aplicação de metodologias de história oral para registrar e preservar a trajetória de profissionais e empresas que construíram a energia no Brasil.

Sua fala destacou como a história oral é uma ferramenta indispensável para dar voz a personagens que forjaram a história do setor, complementando documentos textuais e iconográficos. Ele compartilhou insights sobre os desafios de estruturar projetos desse porte dentro de uma instituição de memória, a ética envolvida no processo de entrevista, e a importância de transformar depoimentos em acervos acessíveis e utilizáveis por pesquisadores e o público em geral.

O evento reforçou a ideia de que a consultoria em história oral é um campo em expansão, que demanda não apenas rigor metodológico, mas também habilidades de gestão e negociação. A troca de experiências entre profissionais autônomos e institucionais mostra as diferentes frentes de atuação disponíveis para historiadores e a potência da história oral para os mais diversos tipos de projetos culturais e corporativos.

Para aqueles que não puderam acompanhar ao vivo, a gravação do debate está disponível no canal do CUME Lab. Mais informações podem ser acessadas através do link do evento.