Em 2011, o engenheiro Henrique Brandão Cavalcanti, considerado um dos pioneiros na construção de políticas ambientais no Brasil, concedeu depoimento para a Memória da Eletricidade sobre a sua trajetória profissional no setor elétrico, na administração federal e na iniciativa privada. Foram duas entrevistas somando seis horas e meia de duração, agora editadas e publicadas em formato digital sob o título Relatos de energia, siderurgia e meio ambiente, a trajetória de Henrique Brandão Cavalcanti.
Nascido na cidade do Rio de Janeiro em 11 de abril de 1929, Henrique B. Cavalcanti estudou Engenharia Civil na Universidade Mc Gill, em Montreal, Canadá. Formado em 1951, iniciou carreira profissional no grupo American & Foreign Power Company (Amforp), integrando a equipe responsável pelas obras da usina de Peixoto (Mascarenhas de Morais), primeira grande hidrelétrica do rio Grande, construída na divisa dos estados de São Paulo e Minas Gerais pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL).
Como técnico ou administrador, Henrique B. Cavalcanti colaborou em diversos projetos na área de energia, como a usina de Jorge Lacerda, em Santa Catarina, inaugurada em 1965 quando era presidente da Sociedade Termoelétrica de Capivari (Solteca).
Secretário executivo do Ministério das Minas e Energia (1967-1969) e do Ministério do Interior (1969-1974), foi um dos principais colaboradores do ministro José Costa Cavalcanti na gestão das duas pastas. Em 1972, integrou a delegação brasileira que compareceu à histórica Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em 1972 em Estocolmo. Já no ano seguinte, contribuiu decisivamente para a criação da Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), primeiro órgão público brasileiro voltado para as questões ambientais.
Na administração pública, o engenheiro também se destacou como diretor industrial e presidente da Siderurgia Brasileira S.A. (Siderbrás) entre 1975 e 1984 e ministro do Meio Ambiente e da Amazônia Legal em 1994.
Henrique Brandão Cavalcanti faleceu em abril de 2020, aos 91 anos de idade.
O livro ora publicado conta com dezenas de notas informativas sobre personagens e fatos referidos no depoimento e ilustrações provenientes em grande parte do arquivo pessoal do engenheiro, além de índice onomástico.
Com esse lançamento, a Memória da Eletricidade acrescenta mais um título à coleção de publicações digitais dedicada a personalidades com importante contribuição para o desenvolvimento do setor elétrico brasileiro.
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