Personalidades do Setor
João Camilo Penna
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Nome
João Camilo Penna
Camilo Penna
Nome para referências
PENNA, João Camilo
Nascimento
19/12/1925
Local de nascimento
Corinto - MG
Verbete

Diretor Técnico, vice-presidente, presidente (interino) e presidente da Cemig; presidente de Furnas.

João Camilo Penna nasceu em Corinto (MG) no dia 19 de dezembro de 1925. Bacharelou-se em Engenharia Civil pela Escola de Engenharia da Universidade de Minas Gerais em 1948. Iniciou sua carreira na Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) em Governador Valadares (MG). Chefiou a Seção de Estruturas (1949-1951) e foi assistente-geral do superintendente do Departamento de Obras dessa companhia (1951). Transferindo-se ainda em 1951 para a Centrais Elétricas de Minas Gerais S. A. (Cemig), atual Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), trabalhou como engenheiro-residente em Governador Valadares e na construção da Usina Hidrelétrica Salto Grande, também denominada Usina Hidrelétrica Américo Renée Gianetti. Participou dos estudos iniciais para a construção da Usina Hidrelétrica Tronqueiras, chefiou os serviços de Custos e Orçamentos da empresa e foi o encarregado-geral das obras da Usina Hidrelétrica Itutinga e da barragem da Usina Hidrelétrica Cajuru. Em 1954 e 1955 atuou como assistente administrativo da Diretoria Técnica da empresa. Neste último ano, em viagem aos Estados Unidos, realizou estágio sobre organização de sistemas elétricos, projetos e operações de usinas no Northwest Power Pool e na Electric Bond & Share Corporation (Ebasco).

De volta ao Brasil, assumiu em 1956 a Diretoria de Operações da Cemig. Coordenou o projeto de construção da barragem da Usina Hidrelétrica Bernardo Mascarenhas, também denominada Usina Hidrelétrica Três Marias, e representou a empresa na Conferência Mundial de Energia realizada em Madri (Espanha) em 1960. No ano seguinte, foi nomeado diretor-técnico da Cemig, cargo que ocuparia até 1969. Foi presidente do Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos (Ibeu) de 1963 a 1964 e delegado por Minas Gerais no Comitê Coordenador dos Estudos Energéticos da Região Centro-Sul entre 1965 e 1968. Tornou-se vice-presidente da Cemig em fevereiro de 1966, ano em que representou Minas Gerais na Comissão Interestadual da Bacia Paraná-Uruguai (CIBPU), órgão colegiado do qual seria membro até 1971. Entre 1966 e 1969, foi vice-presidente da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Em março deste último ano foi efetivado na Presidência da Cemig, em substituição a Mario Penna Bhering - vinha acumulando esse cargo por dois anos, em caráter interino, com a Vice-Presidência da empresa. Como presidente da Cemig implantou um amplo programa de eletrificação rural no estado e inaugurou vários empreendimentos, destacando-se a Usina Hidrelétrica Itutinga e a Usina Hidrelétrica Bernardo Mascarenhas. Deixou a Presidência da empresa em março de 1975 para assumir a Secretaria de Fazenda do Estado de Minas Gerais, a convite do governador Antônio Aureliano Chaves de Mendonça (1975-1978), sendo sucedido no cargo por Francisco Afonso Noronha. Exerceu a função de secretário até março de 1979, tendo também ocupado interinamente as secretarias de Planejamento (1976) e de Administração (1977). Foi em seguida ministro da Indústria e Comércio (1979-1984), no governo de João Batista de Oliveira Figueiredo (1979-1985).

Em 1985, na gestão do presidente da República José Sarney Costa (1985-1990), assumiu a Presidência de Furnas Centrais Elétricas S.A. (Furnas), substituindo Licínio Marcelo Seabra. Durante o período em que esteve à frente de Furnas a empresa passou por grandes dificuldades financeiras, decorrentes sobretudo da crise econômica do país nos anos 1980. Os altos índices de inadimplência das concessionárias estaduais, aliados ao crescimento das dívidas do setor, fizeram com que a companhia atrasasse o andamento de várias obras, principalmente na área de transmissão. Os planos de expansão do parque gerador foram também bastante afetados, com o adiamento da entrada em operação de várias usinas, entre elas a Usina Hidrelétrica Corumbá e a Usina Hidrelétrica Serra da Mesa. Nesse contexto, a potência instalada na área de atuação de Furnas permaneceria inalterada até 1997, quando se deu a inauguração da Usina Hidrelétrica Corumbá. João Camilo Penna deixou a Presidência de Furnas em 1989, sendo substituído por Eliseu Resende. Em 1997, exerceu em Belo Horizonte (MG) a Vice-Presidência da Comissão de Organização e de Estudos para a reunião da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), passando também a atuar como consultor em comércio internacional. Além de artigos sobre problemas energéticos, publicou Temas e dilemas econômicos do Brasil de hoje (1978).


Foto: https://dspace.almg.gov.br/handle/11037/30945

Trajetória profissional

Furnas Centrais Elétricas S.A.

Cargo: Presidente de Furnas

Início: 1985

Término: 1989

Centrais Elétricas de Minas Gerais S.A.

Cargo: Presidente da Cemig

Início: 1969

Término: 1975

Centrais Elétricas de Minas Gerais S.A.

Cargo: Presidente (interino) da Cemig

Início: 1967

Término: 1969

Centrais Elétricas de Minas Gerais S.A.

Cargo: Vice-Presidente da Cemig

Início: 1966

Término: 1969

Centrais Elétricas de Minas Gerais S.A.

Cargo: Diretor Técnico da Cemig

Início: 1961

Término: 1969

Centrais Elétricas de Minas Gerais S.A.

Cargo: Diretor de Operações da Cemig

Início: 1956

Término: 1961

Formação Acadêmica
  • Curso: Engenharia Civil, na Escola de Engenharia da Universidade de Minas Gerais, Belo Horizonte (MG), 1948
Identificador
16725