Banco de Usinas
Usina Hidrelétrica Corumbataí
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Nome
Usina Hidrelétrica Corumbataí
Número de registro
BC.REF-US.031
Categoria
UHE
Município/Estado
Rio Claro - SP
Região
Sudeste - SE
Latitude
22° 13'
Longitude
47° 37'
Potência
2.125 kW
Inauguração
15/11/1895
Operação
15/11/1895
Histórico

A Usina Hidrelétrica Corumbataí, do tipo fio d'água, localiza-se entre o rio Corumbataí e o ribeirão Claro, a seis quilômetros do município de Rio Claro, estado de São Paulo. Em 1884, a Real & Portela foi contratada pela Prefeitura de Rio Claro para implantar o sistema de iluminação pública, utilizando, para a produção de energia, máquina a vapor acionada por dínamo Weston, de 28 kW. Em 1889, a Real & Portela transferiu a concessão à Teodor Willie & Companhia, que, em 16 de abril de 1891, vendeu-a à Companhia Mecânica Industrial Rioclarense. A deficiência do sistema implantado levou a empresa a iniciar estudos visando a construção de uma usina hidrelétrica, na antiga sesmaria do Salto Grande do Corumbataí, aproveitando o potencial hidráulico do rio Corumbataí e do ribeirão Claro. A execução do projeto ficou a cargo do Maj. Carlos Augusto Rodrigues Pinho. A usina foi inaugurada em 15 de novembro de 1895 e foi a terceira hidrelétrica a entrar em operação no estado de São Paulo, tendo sido precedida pela Usina Hidrelétrica Monjolinho, de 1893, e pela Usina Hidrelétrica Piracicaba, de 1893. No dia seguinte à sua inauguração, a usina sofreu grave acidente, que a paralisou durante cinco anos, ocasionando a falência da Companhia Mecânica Industrial Rioclarense. A usina foi adquirida pelo Maj. Carlos Augusto Rodrigues Pinho, um dos maiores acionistas da antiga empresa. Em 1899, transferiu-a à Casa Arens & Irmãos, dirigida pelo Eng. Fernando Arens. No mesmo ano, foi adquirida pela Teodor Willie & Companhia, que a passou à Central Elétrica Rio Claro. Esta empresa iniciou a recuperação da usina, sob a responsabilidade de Frederico Sydow, com material fornecido pela Siemens und Halschke. A usina foi reinaugurada em 2 de junho de 1900, contando com grupo gerador composto por turbina Voith, 600 hp, tipo Francis, eixo horizontal, e gerador Siemens de 525 kW. Suas linhas de transmissão alcançavam os municípios de Araras, Limeira e Rio Claro. Entre 1914 e 1916, o fornecimento foi prejudicado por grande seca, tornando necessário o aumento das áreas de alagamento da represa. Até 1920, a Central Elétrica Rio Claro passou por dificuldades financeiras, vindo a ser reorganizada, admitindo Elói Chaves como sócio majoritário e mudando sua razão social para Sociedade Anônima Central Elétrica Rio Claro. Em 1925, a usina foi reformada para atender ao aumento da demanda proveniente da eletrificação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. A represa foi dotada de 10 comportas, passando a contar com mais um grupo gerador, composto por turbina F. Neumayer, 1.900 hp, tipo Francis, eixo horizontal, e gerador Asea (Allemänna Suenska Elecktriska Atiebolaget), de 1.600 kW. Em 1966, a Sociedade Anônima Central Elétrica Rio Claro foi comprada pela Companhia Hidrelétrica de Rio Pardo (Cherp). Neste mesmo ano, as empresas estaduais de energia elétrica reuniram-se na Centrais Elétricas de São Paulo S.A. - Cesp, que passou à Companhia Energética de São Paulo (Cesp), em 1979. A usina foi desativada em 1970, com a destruição da barragem e o rompimento do aterro. Foi restaurada entre 1978 e 1979 e tombada em 16 de abril de 1982. Pertence atualmente à Fundação Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo (FPHESP) - entidade constituída em 6 de março de 1998 -, e encontra-se desativada.

Situação atual
Usina desativada em 1970.
Última atualização
00/00/2013