Luiz Oswaldo Norris Aranha nasceu no Rio de Janeiro (DF) no dia 19 de outubro de 1938. Diplomou-se em Engenharia Elétrica pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1961, iniciando sua carreira na Companhia Telefônica Brasileira (CTB) como auxiliar de Engenharia (1960-1961). De 1962 a 1968, trabalhou no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), atual Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Chefiou o Setor I da Divisão de Energia Elétrica do Departamento de Projetos da instituição (1964-1967) e foi assessor do Grupo de Trabalho Interministerial encarregado da reformulação do Sistema Tarifário Nacional do Setor de Energia Elétrica (1967).

Também no BNDES, analisou o 1º Plano de Expansão da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) e estudou o mercado do Rio Grande do Norte, que então estava sendo incorporado à área de atuação dessa empresa. Analisou diversos projetos de usinas elétricas, incluindo-se os projetos da Usina Hidrelétrica Governador Parigot de Souza, também denominada Usina Hidrelétrica Capivari-Cachoeira, no Paraná, e da Usina Hidrelétrica Funil e da Usina Hidrelétrica Pedras, na Bahia. Indicou, também, a alocação de recursos do Fundo Federal de Eletrificação (FFE) para a Usina Hidrelétrica Furnas. Foi diretor da Plae Planejamento S.C. Ltda. (1969-1972 e 1975-1979) e coordenador do setor de energia elétrica (1969-1970) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Em 1970, representou o Ipea na Comissão Especial de Alto Nível do Ministério das Minas e Energia (MME) para revisão do Código de Águas. Pelo Ipea, participou da elaboração do Plano Decenal de Desenvolvimento, na parte de energia elétrica, e foi membro da Comissão de Fiscalização da Matriz Energética Brasileira (1970-1971). Exerceu a função de assessor da Presidência (1970-1972 e 1975-1976) da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobrás). Foi diretor econômico-financeiro (1972-1975) da Companhia Brasileira de Tecnologia Nuclear (CBTN), depois transformada na Empresas Nucleares Brasileiras S.A. (Nuclebrás) e atual Indústrias Nucleares do Brasil S.A. (INB). Em 1975, formou-se em Economia pela Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro, assumindo, no ano seguinte, o cargo de assistente da Diretoria de Integração Regional da Eletrobrás. Exerceu paralelamente a essa função as atribuições de coordenador técnico nacional (1977-1978) do Subcomitê de Gestão Empresarial da Comissão de Integração Elétrica Regional (Cier) e de coordenador técnico de projetos especiais da Eletrobrás (1978). Transferiu-se no início de 1979 para a Light - Serviços de Eletricidade S.A. (Light), participando da elaboração e implantação do modelo de transição na etapa da sua estatização pelo governo federal.

Depois de uma curta passagem pela Diretoria de Finanças - na qual sucedeu a Leslie Thomas Smith -, assumiu, em março de 1979, a Presidência da Light, no lugar de Luiz Teixeira Alves de Lima. Presidiu a empresa até maio de 1985, transmitindo o cargo a Tullio Romano Cordeiro de Mello. Na Light, implantou o programa de eletrificação de favelas, atendendo a mais de 300.000 moradias, iniciou o programa de eletrificação rural, instalou uma estação ecológica, em conjunto com a Secretaria Especial de Meio Ambiente (Sema), na região de Ribeirão das Lajes, e iniciou a política de ocupação das faixas de linhas de transmissão por pequenos produtores rurais, pelo regime de comodato. Destaca-se, ao longo de sua gestão, a participação da empresa, através de suas oficinas, no programa de conversão de motores de explosão para o uso do álcool hidratado e a conversão experimental de um dos queimadores das caldeiras da Usina Termelétrica Piratininga para uso de álcool hidratado, em vez de óleo combustível. Atuou também na preservação do patrimônio documental e fotográfico da Light.

Em outubro de 1985 reassumiu as funções de assistente da Presidência da Eletrobras e de diretor da Plae. Participou da implantação do OPE - Orçamento Plurianual de Investimentos, coordenou projetos especiais da Eletrobrás, a gestão empresarial e a implantação de novos Estatutos Sociais para as empresas controladas, face à Lei das Sociedades por Ações. Participou da criação da Companhia de Eletricidade do Estado do Rio de Janeiro (Cerj) e analisou a inserção da Usina Termonuclear Angra I e da Usina Termonuclear Angra II no sistema interligado e a viabilidade da construção da Usina Termonuclear Angra III. Em novembro de 1985 foi eleito diretor-presidente da Fermasa Máquinas e Equipamentos S.A., cargo que ocupou até abril do ano seguinte.

Foi também vice-presidente executivo da Transcontinental Comercial Exportadora S.A. (1986-1990) e diretor da Embalagens Líder S.A (1987-1990). De 14 de março a 2 de abril de 1990, chefiou interinamente a Secretaria Nacional de Energia do Ministério das Minas e Energia (MME). Foi diretor da Creative Propaganda e Marketing (1990-1991), da Cicoex Comercial Exportadora S.A. (1991-1993) e da IAB Assessoria Tributária (1992-1994). Em meados dos anos 1990, participou da avaliação dos bens das empresas de energia elétrica incluídas no Programa Nacional de Desestatização (PND). Assumiu, em janeiro de 1996, a Presidência da Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas e, em maio de 2000, a Coordenadoria de Projetos do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Faleceu no dia 28 de outubro de 2025. 

Foto: Acervo da Memória da Eletricidade - Fundo Jerzy Lepecki