AGRIPINO FILHO, João, Ministro das Minas e Energia

João Agripino Filho nasceu em Brejo da Cruz (PB) no dia 1º de março de 1914. Trabalhou como professor, agropecuarista, procurador da prefeitura de sua cidade e adjunto de promotor. Formou-se pela Faculdade de Direito do Recife (PE), em 1937, tendo atuado como promotor público em Jardim do Seridó (RN) e em Brejo da Cruz (PB). Em 1945, foi um dos fundadores da União Democrática Nacional (UDN). Presidiu a seção paraibana do partido e ocupou os cargos de secretário-geral e de vice-presidente nacional da agremiação. Foi constituinte (1946) e deputado federal (1946-1963) e, em 1961, no governo de Jânio da Silva Quadros, foi o primeiro titular da recém-criada pasta das Minas e Energia. Na Câmara dos Deputados, liderou a bancada udenista (1959-1960) e a oposição ao governo de João Belchior Marques Goulart (1961-1964), além de ter sido relator do projeto de criação da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras).

Foi senador da República (1963-1966), tendo liderado, também nessa casa, a oposição a João Goulart. Já sob o período militar, foi o autor da emenda que prorrogou o mandato do presidente Humberto de Alencar Castelo Branco (1964-1967). Aliado de primeira hora do movimento de 1964, divergiu contudo de alguns aspectos da política econômica do novo regime, tendo sido um dos principais críticos dos termos pelos quais se pautou a compra das empresas subsidiárias da American & Foreign Power Company (Amforp) pelo governo brasileiro em 1965. Durante a vigência do bipartidarismo (1965-1979), integrou os quadros da Aliança Renovadora Nacional (Arena), elegendo-se governador da Paraíba por essa legenda em 1965. Concluiu em sua gestão (1966-1971) um amplo projeto de eletrificação urbana no estado, entre outras iniciativas.

Após deixar o governo, foi diretor do Banco Industrial de Campina Grande e ministro do Tribunal de Contas da União (1972-1974), tendo presidido esse órgão em 1973. Retornando à iniciativa privada, exerceu em São Paulo o cargo de diretor-presidente do grupo Camargo Corrêa. Foi também diretor-proprietário do jornal Tribuna do Povo, de João Pessoa (PB). Com o fim do bipartidarismo em 1979, foi um dos fundadores do Partido Popular (PP), depois incorporado pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Foi novamente deputado federal entre 1983 e 1987. Faleceu no Rio de Janeiro (RJ) no dia 6 de fevereiro de 1988.