ABAURRE, Cesar Presidente da Escelsa Cesar Abaurre nasceu em Vitória (ES) em 14 de março de 1927. Formou-se em Engenharia Elétrica e Mecânica pela Escola Federal de Engenharia de Itajubá (Efei) em 1953, e em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Vitória. Ingressou na Light - Serviços de Eletricidade S.A. (Light) em 1954, tendo participado nessa empresa do estudo do sistema de refrigeração dos geradores e do ensaio de operação e montagem das máquinas da Usina Hidrelétrica Nilo Peçanha. Deixou a Light em 1955, tendo sido contratado pela AEG - Companhia Sul Americana de Eletricidade, no Rio de Janeiro (DF), vindo a permanecer nessa empresa até 1957.

Ingressou na Espírito Santo Centrais Elétricas S.A. (Escelsa) em 1957 e, no mesmo ano, participou da instalação da Usina Hidrelétrica Rubens Rangel, também denominada Mimoso do Sul. No mesmo ano, tornou-se professor titular de Engenharia Civil da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), função que exerceria até 1991. Permaneceu na Escelsa até 1961. Entre 1961 e 1966 trabalhou na Companhia Ferro e Aço de Vitória (Cofavi). Retornou em seguida à Escelsa e, entre 1967 e 1971, foi responsável por projetos e construção de redes rurais. Foi professor e chefe do Departamento de Engenharia Mecânica e Elétrica da Ufes entre 1970 e 1980. Assumiu a Presidência da Escelsa em março de 1986, no lugar de José Tasso de Oliveira Andrade.

No início de sua gestão, em 1987, embora se tenha registrado uma longa estiagem na área da empresa, a energia vendida alcançou o patamar de 3.876.364 MWh. Foram instaladas novas linhas de transmissão e foi impulsionada a eletrificação rural, verificando-se a instalação de 13.630 kVA, no mesmo ano. Destacou-se também a inauguração do novo edifício sede da Escelsa e a criação da Escelsos - Fundação Escelsa de Seguridade Social. Deixou a Presidência da empresa em maio de 1991, tendo sido substituído por Carlos Alberto Baptista da Cunha. Foi membro do Grupo Coordenador para Operação Interligada (GCOI), tendo participado dos sub-comitês de Operação e de Energia, integrou o Conselho de Administração da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) e foi presidente do Conselho de Administração da Escelsa. Foi membro do Grupo de Trabalho de Produção Elétrica e do Grupo de Trabalho de Comunicação de Operação da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobrás). Além dos cargos mencionados, atuou como assessor técnico de diversas instituições, tais como o Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), entre 1968 e 1989, o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), entre 1975 e 1980, e a Companhia Siderúrgica de Tubarão, entre 1977 e 1985.

Foi também engenheiro certificante da Alfândega de Vitória, engenheiro avaliador da Caixa Econômica Federal, presidente do Centro de Promoções e Investimentos e membro-delegado do Comitê Coordenador do Corredor de Exportação Minas-Goiás-Espírito Santo. Atualmente na iniciativa privada, presta assessoria técnica na área de engenharia e no acompanhamento de concorrências.