MOREIRA, Sérgio Presidente da Chesf

Júlio Sérgio de Maya Pedrosa Moreira nasceu em Maceió, mas foi registrado em Capela (AL), no dia 31 de julho de 1960. Formado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) em 1982, em novembro desse ano concorreu a uma vaga na Câmara dos Deputados na legenda do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PDMB), obtendo a primeira suplência. Foi um dos fundadores da Fundação Teotônio Vilela, em 1984, e integrou o seu Conselho Diretor até 1992. Ainda em 1984 assumiu o mandato de deputado federal, ocupando a vaga de José Renan Vasconcelos Calheiros e deixando a Câmara dos Deputados com o retorno do titular, no mesmo ano.

Em janeiro de 1986 foi efetivado na Câmara dos Deputados, na vaga aberta com a saída de Djalma Falcão, recém-empossado na prefeitura de Maceió. Em novembro desse ano, candidatou-se a deputado federal constituinte, obtendo novamente uma suplência. Permaneceu no Legislativo federal até o fim de janeiro de 1987, quando se encerraram o seu mandato e a legislatura. Entre 1987 e 1988 foi secretário de Administração e de Planejamento de Alagoas, no governo de Fernando Collor de Mello (1987-1989). De 1989 a 1991 cuidou da administração do patrimônio familiar e de 1992 a 1993 foi assessor do senador Teotônio Brandão Vilela Filho. Em junho desse último ano assumiu a Presidência da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), sucedendo a José Antônio Muniz Lopes. Por força do exercício do cargo passou também a integrar o Conselho de Administração da empresa. Durante essa sua gestão foi inaugurada a Usina Hidrelétrica Xingó, com a entrada em operação da primeira unidade geradora em dezembro de 1994, com 500 MW de capacidade instalada. Mais duas máquinas começaram a operar no ano seguinte, e mais duas em 1996. A sexta e última unidade geradora da Usina Hidrelétrica Xingó entrou em operação em agosto de 1997, tornando-a a maior usina da Chesf, com 3.000 MW de capacidade instalada, e responsável por cerca de 30% da capacidade instalada da região Nordeste.

No final da sua administração, o sistema de transmissão da Chesf se estendia da Bahia ao Piauí, interligando-se ao sistema da Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (Eletronorte) através da subestação de 500 KV de Boa Esperança. Permaneceu à frente da Chesf até setembro de 1997, quando foi substituído por Mozart de Siqueira Campos Araújo. Secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente de outubro de 1997 a maio de 1998, na gestão de Gustavo Krause Gonçalves Sobrinho, nessa condição foi presidente da Comissão de Desenvolvimento Sustentável e coordenador nacional da Agenda 21, programa resultante da Conferência Rio-92, que previu a articulação do desenvolvimento econômico com a preservação ambiental. Em maio de 1998 assumiu a Superintendência e Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), substituindo o general Newton Moreira Rodrigues, função na qual permaneceu até janeiro de 1999. No mês seguinte, assumiu o cargo de diretor-presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).