Marcos José Lopes foi Chefe da Divisão de Carga do Sistema do Departamento de Movimento de Energia, chefe do Departamento de Estudos do Sistema de Transmissão, diretor de Engenharia e diretor-presidente da Chesf, diretor da Área Nordeste da Themag Marcos José Lopes nasceu em Petrolândia (PE) no dia 01 de setembro de 1943.

Formou-se em Engenharia Elétrica pela Escola de Engenharia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 1966. No ano seguinte foi contratado como engenheiro projetista pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). Em seus primeiros anos na empresa, trabalhou em projetos ligados à área de transmissão. Entre 1968 e 1969 fez um curso de especialização em Engenharia Elétrica nos Estados Unidos. De volta ao Brasil, foi professor do curso de pós-graduação da Escola de Engenharia de Campina Grande (PB), entre 1969 e 1970.

Na Chesf, ocupou os cargos de engenheiro-chefe da Divisão de Carga do Sistema do Departamento de Movimento de Energia (1974-1975) e do Departamento de Estudos do Sistema de Transmissão (1975-1981). Como diretor de Engenharia (1981-1985), coordenou os programas de planejamento dos sistemas de geração e transmissão da empresa. Nessa época, fez dois cursos em Equipamentos de Alta Tensão, o primeiro na Siemens A. G., em Berlim, Alemanha, em 1982, e o segundo na BBC, na Suíça, em 1984. No ano seguinte, passou à iniciativa privada, tornando-se diretor da Área Nordeste da Themag Engenharia Ltda. (Themag), e foi instrutor do Curso de Planejamento Energético para Países de Língua Portuguesa, promovido pelo Núcleo de Energia da Universidade de Campina Grande. Foi membro e vice-presidente do Comitê Nacional Brasileiro do Conseil International des Grands Réseaux Électriques (Cigré) de 1989 a 1991. Assumiu a Presidência da Chesf em maio de 1990, em substituição a Genildo Nunes de Souza.

Não obstante a escassez de recursos para investimentos no período, algumas iniciativas importantes foram verificadas em sua gestão, destacando-se a retomada das obras da Usina Hidrelétrica Xingó em junho de 1990, com o desvio e o fechamento do rio São Francisco no ano seguinte, e a inauguração da quarta e última unidade geradora da Usina Hidrelétrica Presidente Castelo Branco, também denominada Usina Hidrelétrica Boa Esperança, que passou a contar com 235,3 MW de capacidade instalada. A contrapartida ao crescimento do parque gerador da companhia ocorreu com a desativação, em 1991, da Usina Termelétrica Camaçari II, posteriormente transferida para a Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (Eletronorte). Deixou a Presidência da empresa em dezembro de 1992, sendo sucedido por José Antônio Muniz Lopes. Entre 1993 e 1994 prestou serviços na Assessoria de Assuntos Internacionais da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobrás), a convite do presidente da empresa José Luiz Alquéres. A partir de 1995 atuou como consultor independente, tendo prestado serviços a diversas empresas, destacando-se a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), em centrais termelétricas, a Centrais Elétricas do Piauí S.A. (Cepisa), na área de suprimento, e E & Co., de Bloomfield, Estados Unidos, em projetos de desenvolvimento de empresas de energia rural no Brasil. Em agosto de 2001 tornou-se conselheiro do Mercado Atacadista de Energia (MAE). Entre outros trabalhos, publicou Switching Conditions not Covered by Standards (1979), Situação atual e futura do sistema elétrico do Nordeste (1983) e Uso múltiplo das águas do rio São Francisco (1984).