Shigeaki Ueki nasceu em Bastos (SP) no dia 15 de agosto de 1935. Bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, em 1959. Depois de formado, fez vários cursos de especialização sobre Organização e Superintendência de Empresas, Projetos Industriais, Mercado Financeiro, Contabilidade e Custos de Produção, além de atuar como consultor de empresas comerciais, elaborando projetos nos setores de café solúvel, têxtil, petroquímica e indústria elétrica. Foi assessor do ministro da Indústria e Comércio Paulo Egídio Martins, durante o governo do marechal Humberto de Alencar Castelo Branco (1964-1967).

No final de 1969, na gestão do general Ernesto Geisel na Presidência da Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobrás), Shigeaki Ueki assumiu a Diretoria de Comercialização e Relações Internacionais da empresa e, concomitantemente, a Presidência da Petróleo Brasileiro S.A. - Distribuidora (Petrobrás - BR). Com a posse de Ernesto Geisel na Presidência da República em 15 de março de 1974, assumiu o Ministério das Minas e Energia (MME). Durante sua gestão, verificaram-se eventos de destaque na área de geração, tais como a conclusão da Usina Hidrelétrica Paulo Afonso III, o início da operação da Usina Termelétrica Bongi, em Recife (PE), a conclusão e inauguração da barragem de Sobradinho e o início da operação da Usina Hidrelétrica de Moxotó. Na área de transmissão, foi realizada a interligação dos sistemas elétricos da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) com o da Companhia Hidrelétrica de Boa Esperança (Cohebe) e entrou em operação a linha de transmissão Paulo Afonso-Camaçari em 230 kV, isolada para 500 kV.

Em junho de 1975, Shigeaki Ueki participou da assinatura do Acordo Nuclear Brasil-Alemanha, por meio do qual ficou acertada a construção de oito centrais nucleares no país, de uma usina de enriquecimento de urânio e a organização de empresas destinadas ao reprocessamento do combustível atômico, além de trabalhos de prospecção de minérios radiativos. A implementação do acordo implicou a criação de diversas empresas binacionais, vinculadas, pelo lado brasileiro, à Empresas Nucleares Brasileiras S.A. (Nuclebrás). Em outubro desse mesmo ano foi anunciada a assinatura dos contratos de risco entre a Petrobrás e empresas estrangeiras visando a prospecção de petróleo na plataforma continental do país, pondo fim ao monopólio estatal nessa atividade. Ao longo de 1975, Shigeaki Ueki anunciou a descoberta de seis novos campos petrolíferos: quatro na bacia de Campos (RJ), um em Sergipe e um no Rio Grande do Norte.

Em janeiro de 1979, pouco antes da conclusão do mandato do presidente Ernesto Geisel, Shigeaki Ueki foi convidado para presidir a Petrobrás no novo governo. Em 15 de março seguinte, quando da posse do general João Batista de Oliveira Figueiredo na Presidência da República, deixou a pasta das Minas e Energia, na qual foi substituído por César Cals de Oliveira Filho, tendo sido empossado dias depois na Presidência da Petrobrás, em substituição ao general Araquém de Oliveira. Acumulou provisoriamente a Presidência das subsidiárias Petrobrás Distribuidora e Petrobrás Internacional (Braspetro). Em dezembro desse ano assinou contrato com o consórcio paulista Paulipetro, formado pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp) e pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), com vistas a exploração de petróleo no Estado de São Paulo. Em agosto de 1980 foi substituído na Presidência da Petrobrás por Telmo Dutra de Resende. A partir de então, dedicou-se a atividades na iniciativa privada.