Luiz Moreira Barbirato nasceu em Campos (RJ) em 5 de outubro de 1923. Formou-se em Engenharia Elétrica pelo Instituto Eletrotécnico de Itajubá, depois Escola Federal de Engenharia de Itajubá (Efei), em Itajubá (MG), em 1948, tendo sido um dos fundadores do Diretório Acadêmico daquele instituto.

Entre 1952 e 1954, foi engenheiro-chefe da Divisão de Operação da Companhia Central Brasileira de Força Elétrica (CCBFE) e, entre 1955 e 1956, foi diretor da Divisão de Viação e Obras Públicas da Prefeitura Municipal de Vitória (ES).

A partir de 1955, foi professor titular nos cursos de Engenharia Civil, Engenharia Mecânica e Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), funções que desempenharia até 1975. Na UFES, chefiou a comissão especial encarregada de implantar o curso de Engenharia Mecânica do Centro Tecnológico da universidade.

Entre 1956 e 1959, na Divisão de Aguas e Energia Elétrica da Secretaria de Viação e Obras do Estado do Estado do Espírito Santo, foi responsável pela instalação e manutenção de usinas hidrelétricas e termelétricas, bem como pelo projeto e instalação de linhas e redes de distribuição. No período de 1959 a 1967, desempenhou na Espírito Santo Centrais Elétricas S.A. (Escelsa) as funções de engenheiro-chefe da Divisão de Operação e de assessor técnico da Presidência.

Em 1967 assumiu a Presidência da Centrais Elétricas Fluminenses S.A. (Celf), empresa holding que havia sido organizada pelo governo do estado do Rio de Janeiro em 1963. Na sua gestão, efetuou a encampação das quatro empresas concessionárias de serviços de eletricidade então vinculadas à Celf, tendo passado esta última a responder diretamente pelos mesmos serviços. Em decorrência dessa iniciativa, elaborou e implantou, com financiamento da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobrás), um novo plano de obras de geração, transmissão e distribuição para a área de concessão da Celf. Foi concluída e inaugurada a Usina Termelétrica Roberto Silveira, também conhecida como Usina Termelétrica Campos, em Campos, e foi realizada a expansão da rede de distribuição da empresa e a interligação com o sistema de transmissão de Furnas Centrais Elétricas S.A. (Furnas). Deixou a Celf em 1969, ingressando em seguida na Eletrobrás, onde atuou até 1971. Como representante da Eletrobrás, participou do Comitê Coordenador dos Estudos Energéticos da Amazônia (Eneram).

Nesse ano assumiu a Presidência da Escelsa, no lugar de Carlos Alberto Pádua Amarante. Na sua gestão, Luiz Moreira Barbirato concluiu e inaugurou a Usina Hidrelétrica Mascarenhas, unificou o sistema elétrico estadual e implementou a conversão do sistema de 50 Hz para 60 Hz. Deixou a Presidência da empresa em 1975, tendo sido substituído por Kerman José Machado. Passou a exercer o cargo de assessor e chefe de gabinete da Presidência da Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (Eletronorte), na gestão de Raul Garcia Llano, até o ano de 1979.

No Ministério das Minas e Energia (MME), no âmbito da Secretaria de Tecnologia, esteve à frente da Coordenadoria de Recursos Energéticos, de 1980 a 1983, acumulando esse cargo como o de Secretário de Tecnologia. Entre 1983 e 1984, chefiou a Coordenadoria de Recursos Minerais, também vinculada à Secretaria de Tecnologia. Foi representante suplente da Secretaria-Geral do MME no Comitê Executivo do Sistema de Informações Empresariais do Setor de Energia Elétrica (Siese), de 1982 a 1984.

Foi cedido pela UFES em 1984 ao Ministério da Educação (MEC), tendo desempenhado atividades no Cedate - Centro de Desenvolvimento e Apoio Técnico à Educação (Cedate), tendo coordenado o Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia Ótica, da Alemanha para o Brasil. Representou o MEC no Codomed - Comitê de Coordenação do Setor Odonto-MédicoHospitalar (Codomed) e no SPIN - Subprograma de Provimento de Insumos Essenciais, do PADCT - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Aposentou-se da Eletrobrás em 1984, e da UFES em 1989.