Paulo Afonso de Freitas Melro nasceu em Blumenau (SC) no dia 7 de março de 1928. Transferindo-se para Itajubá (MG), fez o curso de Engenharia do Instituto Eletrotécnico de Itajubá, depois Escola Federal de Engenharia de Itajubá (Efei), pelo qual diplomou-se engenheiro mecânico-eletricista em 1952. De volta a Santa Catarina, em dezembro desse mesmo ano ingressou na Empresa Força e Luz Santa Catarina (EFLSC), na função de engenheiro, vindo a chefiar o Departamento de Distribuição da mesma empresa.

Em 1961 assumiu a Presidência da Comissão de Energia Elétrica de Santa Catarina, tendo coordenado o planejamento energético estadual, inclusive a eletrificação rural. Em 1967 tornou-se membro do conselho consultivo da Sociedade Termoelétrica de Capivari S.A. (Sotelca) em Tubarão (SC), e representante do governo catarinense na Comissão Interestadual da Bacia Paraná-Uruguai (CIBPU).

Em julho desse ano assumiu a Superintendência do Desenvolvimento da Região Sul (Sudesul), órgão de desenvolvimento regional vinculado ao Ministério do Interior e sediado em Porto Alegre (RS), exercendo essa função até fevereiro de 1979. Nesse período integrou a delegação brasileira à Ill Reunião da Comissão Técnica Ad Hoc para o projeto de integração energética, realizado em abril de 1972, em Buenos Aires, na Argentina.

Presidiu a Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. (Celesc) de 1979 a 1982. Em novembro desse último ano foi eleito deputado federal por seu estado na legenda do Partido Democrático Social (PDS). Empossado em fevereiro de 1983, tornou-se membro titular da Comissão de Minas e Energia.

Em março de 1985, Paulo Melro foi eleito primeiro-vice-presidente da Comissão de Minas e Energia. Foi coordenador da bancada do Partido da Frente Liberal (PFL) na Câmara dos Deputados e integrou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que discutiu a política nacionalde mineração no tocante à concessão de alvarás para extração e comercialização de minerais estratégicos.

Concorreu à reeleição em novembro de 1986, obtendo uma suplência. Deixou a Câmara dos Deputados no fim de janeiro de 1987, ao encerrar o mandato. Em 23 de abril seguinte, assumiu a Presidência da Centrais Elétricas do Sul do Brasil S. A. (Eletrosul) - empresa que mais tarde seria transformada na Empresa Transmissora de Energia Elétrica do Sul do Brasil S.A. (Eletrosul) - e do seu Conselho de Administração, substituindo Wilmar Dallanhol.

Durante sua gestão, a receita proveniente da venda de energia elétrica em 1987 representou um aumento nominal de 308,1% em relação ao ano anterior e verificou-se um crescimento no mercado da ordem de 6,7% na demanda de potência e de 3,1% no consumo de energia. No ano seguinte, em atendimento ao Programa Decenal de Geração (1988-1997) da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobrás), deu-se prosseguimento às obras prioritárias da Usina Termelétrica Jorge Lacerda IV e da Usina Termelétrica Jacuí I. Ocupou esse cargo até 27 de abril de 1989, quando foi substituído por Fernando José Caldeira Bastos. A partir de então, retirou-se para a iniciativa privada.