Informações Gerais
Diretor-presidente da Cemat; presidente da Escelsa; diretor-presidente da Enersul; e chefe de gabinete da Presidência e diretor técnico da Eletronorte
Kerman José Machado nasceu em Campo Grande (MT) em 22 de novembro de 1926. Formou-se em Engenharia Eletro-Mecânica em 1949 pelo Instituto Eletrotécnico de Itajubá, atual Escola Federal de Engenharia de Itajubá (Efei).
Iniciou suas atividades profissionais em 1950, como engenheiro responsável pela Sociedade Campograndense de Engenharia Ltda. (Socel). Participou da elaboração dos projetos da Usina Hidrelétrica Casca II, da Usina Termelétrica Maracaju e da Usina Termelétrica Rio Brilhante. Desempenhou atividades no serviço público no estado do Mato Grosso entre 1957 e 1975, tendo sido secretário de Viação e Obras Públicas da Prefeitura Municipal de Campo Grande e diretor da Companhia Matogrossense de Siderurgia (Cosima). Representou o estado do Mato Grosso na Subcomissão de Estudos Hidrelétricos da Comissão Interestadual da Bacia Paraná-Uruguai (CIBPU).
Ingressou na Centrais Elétricas Matogrossenses S.A. (Cemat) em 1957, tendo chefiado a Superintendência de Obras do Setor Sul, quando do desenvolvimento do projeto da Usina Hidrelétrica Mimoso. Na mesma época foram instalados 20 MW em unidades diesel nas cidades de Campo Grande, Aquidauana e Corumbá. Foi assessor da Diretoria da Cemat junto à Centrais Elétricas de São Paulo S.A. (Cesp) - depois denominada Companhia Energética de São Paulo (Cesp) -, à Centrais Elétricas de Urubupungá S.A. (Celusa), e ao escritório da Agência NorteAmericana para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) no Brasil, no financiamento para a expansão do sistema de geração, transmissão e distribuição de energia no sul do estado.
Assumiu a Presidência da Cemat em 1970. Sua gestão foi marcada por uma profunda reforma administrativa, a qual resultou na reformulação das diretorias técnicas e administrativas da empresa, na implantação de política de cargos e salários e na modernização de procedimentos comerciais. Realizou investimentos na expansão do sistema elétrico, tendo-se verificado a ampliação de 45 MW na potência instalada, na geração hidro e termelétrica. Foi realizada a ampliação da Usina Hidrelétrica Mimoso, além da recuperação de redes de distribuição, da ampliação de 100 quilômetros do sistema de transmissão Rio Verde - Alto Araguaia - Rondonópolis - Cuiabá e da duplicação do sistema Jupiá - Mimoso - Campo Grande.
Deixou a Cemat em maio de 1975, tendo ingressado em seguida na Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (Eletronorte), como assistente da Diretoria Técnica, função que manteve até agosto do mesmo ano. Na Eletronorte, atuou na avaliação e na análise dos projetos da Usina Hidrelétrica Tucuruí, da Usina Hidrelétrica Couto de Magalhães, da Usina Hidrelétrica Cotingo, da Usina Hidrelétrica São Félix e da Usina Hidrelétrica Barra do Peixe.
Em outubro do mesmo ano assumiu a Presidência da Espírito Santo Centrais Elétricas S.A. (Escelsa), no lugar de Luiz Moreira Barbirato. Na Escelsa, foi responsável pela expansão do sistema de transmissão e pela ampliação da potência instalada em subestações, totalizando um acréscimo de 420 MW para o suprimento de cargas industriais, e de 238 MW para o consumo tradicional. Na área de eletrificação rural, ampliou o atendimento a seis mil novas propriedades. Concluiu o centro operativo em Carapina e as linhas de transmissão João Neiva - Linhares - Nova Venécia e Cachoeiro - luna. Por intermédio de convênios específicos com o governo estadual, realizou o atendimento a 5.630 novos consumidores de baixa renda.
Deixou a Presidência da Escelsa em abril de 1979. No mesmo mês, por solicitação do governo do recém criado estado do Mato Grosso de Sul, atuou no processo de cisão da Cemat, do qual resultou a criação da Empresa Energética do Mato Grosso do Sul (Enersul), e participou denegociações com a Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobrás) e o governo do estado com vistas à fixação do capital social da nova empresa. Foi o primeiro diretor-presidente da Enersul.
Em agosto, tendo-se concluído o processo de criação dessa empresa, retornou à Eletronorte, como chefe do Gabinete da Presidência, vindo a assumir a Diretoria Técnica em 1982. Desse ano até 1989, foi responsável pela coordenação dos orçamentos de investimentos e pela coordenação técnica dos projetos da Usina Hidrelétrica Tucuruí, da Usina Hidrelétrica Balbina, da Usina Hidrelétrica Samuel, da Usina Termelétrica Manaus e da Usina Termelétrica Porto Velho.
Aposentou-se em abril de 1991 e passou a atuar, entre 1996 e 1999, como consultor do Conselho Nacional de Pesquisas e Desenvolvimento Tecnológico (CNPq) e do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), tendo contribuído na formulação do programa de promoção social denominado Xingó, de desenvolvimento regional do Médio São Francisco, voltado para a oferta de oportunidades educacionais à população dessa região.
Em agosto de 2001 foi designado pelo MCT para a criação de núcleo de gestão do Projeto Energia Brasil, com o objetivo de estruturar os cursos promovidos pelo CNPq, em associação com universidades federais, voltados para a formação em Conservação de Energia.
Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A.
Cargo: Diretor-Técnico da Eletronorte
Início: 1982
Término: 1989
Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A.
Cargo: Chefe de Gabinete da Presidência da Eletronorte
Início: 1979
Término: 1982
Empresa Energética do Mato Grosso do Sul S.A.
Cargo: Diretor-presidente da Enersul
Início: 1979
Término: 1979
Espírito Santo Centrais Elétricas S.A.
Cargo: Presidente da Escelsa
Início: 1975
Término: 1979
Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A.
Cargo: Assistente da Diretoria Técnica da Eletronorte
Início: 1975
Término: 1975
Centrais Elétricas Matogrossenses S. A.
Cargo: Presidente da Cemat
Início: 1970
Término: 1975
Curso: Engenharia Eletro-Mecânica, no Instituto Eletrotécnico de Itajubá (MG), Itajubá (MG), em1949.