Número do registro
AUD.VHS.013
Fundo
Memória da EletricidadeFundos
Produtor
Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONSOrganização
Descrição
Entrevista com Delcídio do Amaral e Xisto Vieira, sobre complementação energética.
Data
09/10/2003
Tipo Documental
EntrevistaTipo documental
Suporte
Fita VHS
Idioma
PortuguêsIdioma
Cromia
CorCromia
Duração
00:40:08
Número de Itens
1
Transcrição
cinco e meio por cento de energia
consumida no Brasil vem do gás natural o
país produz 26 milhões de metros cúbicos
de gás e importa 35 milhões o gás
natural é considerado combustível de
queima mais limpa e seria também mais
seguro e barato nós vamos conversar
sobre o assunto com o Presidente da
Associação Brasileira de geradores
de Amaral do PT do Mato Grosso do Mato
Grosso do Sul Senador depois apagão de
2001 o governo decidiu que devia
investir na construção de termelétricas
até já antes do apagão né mas depois de
foi noticiado em toda mídia que o
governo é abrevias de financiamento do
bem ds para construção de usinas
termelétricas para diminuir a
dependência e evitar a possibilidade de
um novo apagão alguns parlamentares
agora estão começaram a se movimentar
nesse sentido eu queria que o senhor
dissesse Qual é o panorama hoje no
senado com relação a possibilidade de
construção de usinas termelétricas
Pois é uma preocupação
muito grande com relação a política de
energia do país
a gente entende o governo federal tá
muito preocupado com isso e deve
encaminhar inclusive um projeto até o
final do ano
no sentido de fazer promover os ajustes
necessários principalmente na área de
energia especialmente no setor elétrico
porque todo mundo sabe a crise que o
país enfrentou com o racionamento 2001
e a despeito da predominância de
projetos de ida e eletricidade o país
precisa ter uma complementação térmica
e prioritáriamente uma complementação
térmica a gás natural não só em função
do gás Brasil como também em função das
reservas de gás que o Brasil já
descobriu e tá em fase aí também de
comprovação principalmente na bacia de
Santos
o gás natural é um combustível hoje com
grande aceitação não só na Europa nos
Estados Unidos com a participação
elevada na matriz energética
[Música]
de 23% da natureza energética nós temos
a participação Marginal de Dois a três
por cento
e o gás natural além de ser um
combustível também importante na geração
de energia ou a geração de energia
funcionando com uma Âncora para o
consumo do gás mas ele é fundamental
também na indústria no comércio nas
residências então é exatamente vários
parlamentares
que preocupados com essa questão da
energia preocupados com a questão do gás
natural efetivamente vão começar a
debater mais profundamente esse tema até
para inserir definitivamente o gás
natural na nossa matriz energética
a gente estava conversando sobre qual
seria o
percentual ideal da participação do gás
natural na matriz energética brasileira
eu queria que o senhor explicasse como é
que o senhor imagina que isso pode
funcionar
até uma pergunta assim extremamente
importante até a gente esclarecer
E hoje nós estávamos conversando isso na
nessa reunião que o senador deu auxílio
promoveu é porque veja bem o sistema
elétrico brasileiro tem sido planejado
ao longo dos anos desde a década de 70
com um critério de risco de Déficit de
5%, O que que significa isso significa
que
na fase de planejamento Nós já estamos
aceitando que aproximadamente uma vez a
cada 20 anos nós vamos ter um
relacionamento esse critério adequado Eu
particularmente acho que não é um
critério que leva o país a um problema
igual a esse 2001 se nós olharmos Quanto
custou para o país e quanto tá custando
pro país um racionamento desse Esporte
nós vemos que esse critério hoje é
inaceitável absolutamente na aceitável
então com base nisso é a abrajet tá
promovendo um estudo com uma uma
consultora de macroeconomia de grande
porte em que nós vamos Exatamente é
determinar Qual é esse montante vamos
dizer assim ótimo de geração térmica
para acabar com esse risco de
racionamento pro país não podemos
continuar a conviver com isso como
Senador mencionou isso é uma coisa é
que leva o país imagina dois
racionamento seguidos O que que
significa esse aí já significou uma
queda brusca de carga queda de produção
é perda de produto interno bruto Então
nós não vamos continuar a conviver com
isso e nós temos aqui mas o senhor tem
um palpite para qual seria esse
percentual não olha não eu posso dizer
para você que hoje hoje com o critério
normal eu ficaria tranquilo com um
montante de cerca de 20%, mas eu acho
ainda que esse montante de risco de
Déficit é inadequado eu eu sinceramente
eu acharia que aumentar a participação
termoelétrica e jogar esse lixo e desce
para próxima zero seria a solução ideal
para o país mas em momentos onde há
déficit porque elas funcionariam como um
produtor alternativas de energia a
energia hidrelétrica Como que
funcionaria o consumo funcionamento
essa essa
complementaridade complementariedade nas
Usinas é nós vamos ter uma espécie
Seguro ou seja num país em que a energia
fornecida ela é forte a presença da Ilha
eletricidade é muito forte você não pode
só depender de São Pedro porque quando
faltar água alguém tem que suprir essa
energia esse é o papel fundamental das
térmicas e é com a inserção das
termelétricas que vão funcionar
complementarmente as usinas
hidrelétricas é que o país vai ter a
segurança necessária para suprir a
energia que o país precisa para o seu
desenvolvimento novas hidrelétricas não
resolveriam
não tanto é que é importante a tua
pergunta claro que nós vamos continuar
construindo usinas hidrelétricas Apesar
de que hoje
os bons projetos já se afastam dos
grandes centros consumidores né
caminham para Amazônia né portanto
exigindo linhas de transmissão longas
para trazer essa energia né trazendo
também
não havia linhas de transmissão não era
isso Norte você tinha um excedente
pequeno de energia que talvez não
suprisse toda a necessidade
houve uma mistura de tudo
alguns setores não havia energia e havia
transmissão em outro em algumas regiões
não havia havia transmissão e não havia
geração de energia suficiente em outros
lugares vou dar um exemplo para você
típico região Sul região sul não
racionou energia em 2001 e tinha
excedente para
mandar
megawatts para região Sudeste que estava
sofrendo todo aquele relacionamento
junto com centro-oeste com o Nordeste
mas ele tava limitado pelas linhas de
transmissão Então hoje os setor todo ele
tem casos específicos região a região
mas Todos nós concordamos que o problema
principal é a questão da Matriz é como a
geração de energia vai se inserir
no sentido de garantir permanentemente
tranquilidade para quem quer investir
quem quer produzir e onde a energia
elétrica é um fator predominante
fundamental para que a gente gera
emprego e Gere um futuro melhor nos
Estados Unidos que tem uma matriz com
uma participação maior do gás natural
também está passando por uma crise de
energia agora teve um blackout é muito
pouco tempo Estados Unidos e Canadá
porque seria diferente no Brasil olha
essa pergunta também é interessante que
ela não é diferente não os problemas são
muito sim
cada vez que acontece uma coisa dessa eu
eu me aprofundo em estudar esse tipo de
blackout até para fazer esse tipo de
comparação repara só o racionamento de
energia que houve na Califórnia teve
dois grandes causadores e surpresas
geral primeiro grande causador foi a
falta de água nas usinas hidrelétricas
da região interessante né o segundo foi
um problema na nossa concepção de
regulamentação porque porque as empresas
lá não eram obrigadas ou não era
obrigado não era até incentivadas a
comprar energia no curto prazo no
chamado mercado Spot e somente a compra
de energia no mercado de esporte não
incentiva a construção de novas Esse é
um problema que o novo modelo tá
procurando que está sendo
colocada sendo preconizado conforme o
senador neocídio mencionou que tá
tentando corrigir esse tipo de problema
então Esses foram os problemas do nos
Estados Unidos no blackout nos Estados
Unidos é outra coisa interessante o que
que aconteceu no blackout a gente pode
comparar com blackout de 1999 no Brasil
de Março 99 repara só em março 99
descobriu-se que as subtrações várias
subtrações do país inclusive é de Bauru
originou tudo né eram subestações com
concepções antigas arranjos de
subestações antigas que não tinha sido
modernizados a mesma coisa nos Estados
Unidos Isso foi um problema de
modernização então não estão não estavam
vendo investimentos em modernização das
instalações existentes o blackout Por
exemplo agora é que nós tivemos semana
passada na Itália repara o que que é foi
exatamente o seguinte a Itália deixou de
gerar
local deixou minimizou a geração local e
aumentou as importações de energia de
longa distância E aí deu um problema na
transmissão de desligamento em Cascata
blackout então repara que essas coisas
são muito parecidas
verdade nós temos aí uma um desafio quer
dizer que é não só a geração de energia
e predominantemente de origem hidráulica
mas isso pactuado com a geração
térmica né a gás natural carvão enfim né
mas no meu ponto de vista no caso da
geração termelétrica ela focada
especialmente no gás natural pelo
combustível que é semelhantemente esse
país todo desenvolvido no mundo e também
uma questão associada a transmissão E
modernização de instalações quer dizer
nós estamos diante aí de um modelo
complexo e que vai que tá tomando um
tempo grande do ministério de Minas e
energia no sentido de buscar realmente a
segurança que as pessoas esperam
principalmente no que se refere a
suprimento de energia elétrica para o
país e quando se fala em suprimento se
pensa no caso de energia elétrica seria
a princípio
se associa o modelo de sustentável Auto
sustentável E no caso do gás natural nas
reservas são limitadas eu queria que o
senhor explicasse assim não existe ainda
um limite de reservas no Brasil ainda
pode se descobrir novas coisas quanto
tempo para nos nossos reservas podem
aparecer é Olha só esse problema das
reservas do gás natural que às vezes
geralmente faz um primeiro estudo
teórico diz assim não nessas reservas é
são válidas por 20 anos quer dizer
primeiro que isso é uma é uma estimativa
Inicial Depois que essas Essas
explorações são feitas isso aí
verifica-se que
normalmente tem mais do que aquele
montante e segundo que durante aquele
período é vão aumentando as tecnologias
vão melhorando as tecnologias de
exploração e produção e novas fontes vão
sendo descobertas então eu diria que com
as novas fontes é as novas descobertas
aqui nos próximos 20 anos nós nós não
teremos problemas de guerra natural
Horácio o nosso problema é explorar e
cigarro natural e depois os próximos 20
anos eu tô achando certamente nós vamos
descobrir para mais 40 60 80 porque
certamente a Petrobras os agentes
privados etc que estão empenhados na
exploração e produção vamos descobrir
novas fontes como descobrir agora no
Espírito Santo em Santos conforme o
senador
então assim
não vai não vai haver falta de gás
natural
o gás natural por exemplo
para criação de usinas termelétricas é
grande o investimento que vai funcionar
durante 20 anos de exploração para
depois aquela reserva se esgotasse ele é
realmente um investimento que vale a
pena como compensar a matriz energética
brasileira baseada nisso
do dia
e com entrada fortíssima do gás natural
não só na energia mas na indústria no
comércio nos veículos enfim
gás natural veicular Hoje Somos 60 nós
hoje estamos próximos de 29 milhões de
metros cúbicos 30 milhões de metros
cúbicos não eu hoje é o consumo atual
contando gasoduto Bolívia Brasil e
contando também a contribuição
da das plataformas né que a Petrobras
tem na no litoral brasileiro mas é eu
acho que o importante nesse nesse nesse
processo todo é que se investiu muito
enganado natural por exemplo a Bolívia
nós funcionava nós quando a Bolívia
quando o gasoduto Bolívia Brasil se
pensava em construir casa do Bolívia
Brasil nós temos cinco trilhões de pés
cúbicos na Bolívia
provados hoje nós temos quase 52 t
isso aí é mais ou menos o equivalente 52
trilhões de pés cúbicos Isso quer dizer
mais ou menos cinco gasodutos Bolívia
Brasil operando durante 20 anos com 30
milhões de metros cúbicos de cada um
então o que que aconteceu com a
perspectiva do crescimento do gás
natural no Brasil as empresas de
petróleo investiram por causa da
Petrobras o caso da Repsol o caso da da
Total fina enfim muitas companhias de
petróleo se apresentaram na Bolívia
e fizeram investimentos investimentos
para você
prospectar petróleo o gás natural são
investimentos pesados então associado ao
que já foi feito associado que a
Petrobras está investindo no gás natural
É principalmente na plataforma
continental associada ao que tá o que
vai se produzir em Urucu lá no Amazonas
né
Nós temos uma perspectiva de uma
produção de gás natural
é bastante
consistente nos próximos anos nas
próximas décadas
o mesmo tempo 20 anos 20 anos de vida
Brasil São 20 anos é mais para um fator
comparativo mas evidentemente em função
das reservas que se a vizinham e para o
consumo Brasileiro nós vamos ter gás
natural para atender o mercado com muito
mais industrianos é que é o kueto nós
como nós somos pessoas voltadas para a
área de energia né eu Senador agora e o
meu caro é xisto o presidente da abrajet
também
vice-presidente da eu passo nós sempre
comparamos o Bolívia Brasil
Isso é uma espécie de um paradigma na
indústria de gás natural no nosso país
então é mais para as pessoas terem uma
ideia do que que representa isso mas nós
vamos ter muito gás natural e temos que
efetivamente não só utilizar o gás
natural na energia mas o gás natural
utilização é é no futuro predominante
não vai ser com geração de energia vai
ser na indústria né vai ser no comércio
vai ser na coogeração de energia Onde
por exemplo um shopping center vai usar
gás natural para fornecer energia para o
shopping para fornecer o ar condicionado
do shopping para fornecer aquecimento do
shopping Então essa é a verdadeira é
talvez é o grande nicho do gás natural
além evidentemente do impacto ambiental
muito menor como você disse Logo no
início e é importante também quer dizer
dentro de todo esse contexto né é um
combustível que se você por exemplo
aplicar gás natural na indústria
cerâmica Eu posso te garantir que a
qualidade de um produto
produzido utilizando gás natural
comparativamente com um produto que vai
produzir produzir a base de óleo diesel
certo ou bpf não há dúvida que não é só
a questão ambiental que é muito mais
mitigada muito mais
reduzida em termos de impacto né
ambiental como também a qualidade dos
produtos é violentamente melhor tanto é
que Santa Catarina Santa Catarina tem um
perfil forte de produção de cerâmica
hoje Santa Catarina está convertendo
todos as suas indústrias para gás
natural porque pela qualidade da queima
quer dizer levanta uma qualidade melhor
do produto e ao mesmo tempo impacto
ambiental
e cada vez e tendo uma eficiência cada
vez maior no processo
a gente vai fazer um pequeno intervalo
no programa Cidadania de hoje nós
estamos conversando sobre gás natural na
matriz energética brasileira com Senador
delcídio Amaral do PT do Mato Grosso do
Sul e com o Dr christo Vieira Filho que
é Presidente da Associação Brasileira de
geradores termelétricas a gente volta já
já
[Música]
no programa Cidadania de hoje nós
estamos conversando sobre o gás natural
na matriz energética brasileira com
Senador delcídio Amaral do PT do Mato
Grosso do Sul e com o Dr xercio Vieira
Filho que é Presidente da Associação
Brasileira de geradores termelétricas e
a gente antes do intervalo estava
conversando sobre o impacto ambiental do
gás natural e normalmente o gás natural
possui vários miligramas de mercúrio por
metro cúbico Qual é o grau de toxicidade
do gás natural com relação aos outros
combustíveis
o impacto do gás natural na questão
ambiental é muito pequeno em relação a
qualquer outro tipo de combustível que
seja que é utilizado para geração de
energia elétrica e surpreender
e surpreendentemente até dizer uma coisa
para você que hoje na situação atual eu
diria que ele agride até menos meio
ambiente do que a própria geração
hidrelétrica porque porque a geração
hidrelétrica
conforme o senador delcídio explicou as
fontes mais próximas do centro de
consumo então esgotadas então Eh 70% do
nosso potencial hoje tá na Amazônia
Então nós vamos ter que se nós queremos
fazer hidrelétrica lá nós vamos ter que
promover inundações na Amazônia nós
vamos ter que agredir o meio ambiente
mas certamente do que então do que o gás
natural eu eu separaria
a coisa dessa seguinte maneira o que que
eu chamo de combustível de geração de
base geração de base para gerar
realmente eletricidade para suprir
energia do país essa geração
hidrelétrica geração termoelétrica gás
natural carvão e nuclear etc muito bem o
que que o que que existe não você pode
dizer energia eólica tudo bem energia
solar tudo bem É mas essa esse tipo de
energia não é energia ainda com a
tecnologia hoje existente para uma
geração de base tá eu não posso pensar é
exatamente Então isso é geração
altamente complementarem pequenas escala
porque ela não tem uma dimensão
econômicaicamente viável que possa
suportar uma expansão de base então eu
diria para você que o gás natural de
todos os combustíveis hoje na situação
atual é o que menos agride o meio
ambiente mas por exemplo o gasoduto
Urucu Porto Velho ele tá parado por
questões ambientais como é que isso
funciona não esse é um processo
Urucu Porto Velho ele demorou muito por
outra razões
tive a oportunidade de acompanhar muito
perto Até porque eu era um dos
responsáveis por esse projeto
na Petrobras
e na verdade
houve uma discussão intensa inclusive no
que se refere alternativas para levar o
gás natural para Manaus durante um tempo
inclusive
entendia-se que a melhor solução seria
levar o gasto comprimido para Manaus ao
invés disso utilizar gasodutos e naquela
época nós defendíamos uma tese contrária
dizendo que a melhor solução seria os
gasosas até porque para escala que
Manaus
transportar gás comprimido pelo rio
Amazonas seria um risco enorme além de
ser uma operação de logística
extraordinária então isso atrasou muito
porque existiam pressões
lá no próprio Estado do Amazonas no
sentido de viabilizar essa outra
alternativa então é esse foi
Principalmente uma das razões que
levaram atraso e é uma dificuldade
adicional na liberação das licenças de
instalação até porque nesse
licenciamento desse gasoduto passava
pelos órgãos ambientais de lá do estado
e também
no caso específico
da interligação de Urucu até Porto Velho
também o Ibama
foi ouvido no processo mas eu quero eu
quero deixar bem bem claro que o atraso
maior deveu-se muito mais a uma a uma
discussão até política nem tanto
Empresário é uma política no sentido de
qual seria a alternativa melhor mas no
momento tá parado porquestões ambientais
não é Doutor X a gente conversou um
pouquinho antes da entrevista
de retomada
foi feito uma audiência pública agora
recentemente né para seguir a liturgia
toda do processo de licenciamento mas eu
não tenho dúvida nenhuma que a melhor
solução para se atender Manaus é com gás
natural de Urucu como também Porto Velho
não só em função do potencial
e que aquele três quaren Manaus né hoje
se estuda também alternativa Urucu
Manaus e o outro Porto Velho
são ele é um
dia a dia as reservas da petrobrasil
crescem Mas tem uma vocação de geração
termelétrica natural
primeiro porque o você já tem um todo um
sistema
térmico instalado em Manaus né acoplada
a usina de Balbina
mas se você analisar
o atendimento de Manaus ou por
alternativas de linha de transmissão ou
por outros projetos hidrelétricos na
região você vai ver que o
custo-benefício e a viabilidade técnica
Econômica é muito mais compatível a
utilização do gás natural do que chegar
com linhas de transmissão ou
construir uma nova usina hidrelétrica
naquela região para quem não conhece
direito Amazônia eu vivi muito tempo na
Amazônia Amazônia é plana então quando a
gente barra um rio normalmente o
reservatório é grande Balbina por
exemplo a buzina que gera 250 megawatts
sabe qual o tamanho do reservatório de
Balbina quase 4 mil quilômetros
quadrados na cota normal é quase do
tamanho de Tucuruí que é uma usina de
hoje operando com 4 mil megawatts e que
tem uma potência instalada Projetada de
8 mil Então a Amazônia essa questão tá
ele é fundamental com uma o Xisto acabou
de dizer a Amazonas nós temos a
predominância da hidreletricidade mas
nós não podemos esquecer as dificuldades
que o meio ambiente vai impor a projetos
hidrelétricos Especialmente na região
Amazônica e o gás natural tá lá
disponível
provado
o perfil de Manaus o perfil de Porto
Velho é de geração termelétrica então
nós o governo brasileiro tá empenhado
Esse eu não tenho dúvida é um dos
projetos mais importantes de Integração
no Brasil que é Coari Manaus e Urucu
Porto Velho e a despeito das
dificuldades o processo voltou a ser
retomado e eu não tenho dúvida que será
implantado até porque a melhor
alternativa para Amazônia em termos de
atendimento
energético é o gás natural
inegavelmente e com amplas vantagens se
você comparar ou com alternativa
hidrelétrica em função dos todos que se
tem ou alternativa que alguns hoje
acreditam de linhas de transmissão
interligando Tucuruí chegando até Manaus
é mais de certa maneira é não Não
essas alternativas não estão no meu
ponto de vista não estão sendo muito bem
avaliadas porque atravessar com a linha
de transmissão na Amazônia é uma negócio
muito complexo é Amazon Amazônia Tem
problemas é muito difíceis de acesso né
desculpe a pouca informação mas sempre
construir uma linha de transmissão para
energia elétrica e um gasoduto
ambientalmente é que por exemplo uma
linha de transmissão sobre ter uma ideia
você tem que ter uma faixa de Dona
Amazônia de 100 metros
por quê Porque as aves são muito
Compridas são muito altas Então você tem
que ter uma linha transmissão com uma
distância tal da floresta para se não
cair uma árvore não cair caindo uma
incaindo uma árvore essa ave não cair em
cima da linha né a lei
como acontecemos na Itália nesse caso
específico da Itália é uma prova
contestava e típica
ao passo que o gasoduto você tem um
impacto ambiental menor e você ele não
precisa dessa área ele não precisa dessa
primeira da faixa desse tamanho de faixa
de Servidão e mais você precisa de uma
faixa também ele precisa de uma faixa só
que ele vai todo enterrado né Você tem
uma série de mecanismos para evitar
qualquer tipo de interferência na
operação do gasoduto
em alguns casos até você tem uma a
recuperação da da vegetação
nativa né existem exemplos aí pelo país
inteiro
quase que uma linha de transmissão não
você tem 100 m e você tem que garantir
efetivamente uma faixa de Servidão
absolutamente limpa porque qualquer
vegetação maior né qualquer qualquer
crescimento de vegetação embaixo da
linha leva um curto circuito e curto
circuito leva o quê a black Senador é
lenda diferença dos 1.800 km do da linha
para 400 km 400 km de gasolina como é o
caso de Manaus quer dizer para se levar
energia de Tucuruí nós temos que fazer
1.800 km de linha no caso no caso
específico de Manaus né
Se você usar um gasoduto você em 400
você fazendo um caso de 400 km Você tá é
de Coari até Manaus você leva o gás
natural de Urucu na cidade de Manaus
mas
quando se pensa em
reservas próximas a centros consumidores
com a diminuição da necessidade de
transmissão o que é possível hoje fazer
um país assim
você diz construção de geração térmica
não veja bem
se você colocar
gerações térmicas pelo menos de porte
próximas a cada grande capital cada
Grande centro reservas de gás para
facilitar essa construção Sem dúvida
alguma hoje a preocupação maior que tem
sido de treinada pela abrangente não é
hoje já não se questiona nem a
quantidade de gás hoje o que se precisa
é ter uma regulação uma regulamentação
Clara uma precificação precificação
competitiva Para viabilizar esses
projetos e que absolutamente possível e
outros meios Ou seja que quer dizer que
quer dizer
transporte quer dizer odutos Para
viabilizar esses projetos todos e isso é
o que a Petrobras está fazendo agora com
o projeto malhas que atende não só a
região sudeste atende a região Nordeste
também e no futuro tá se prevendo a
interligação da região Sudeste com a
região Nordeste criando uma grande malha
de gás para atender o Brasil inteiro e o
que que tá faltando Dr X então não é
como Senador fala mencionou quer dizer
em termos de infraestrutura a Petrobras
está trabalhando esse projeto malhas é
mas eu acho que por exemplo agora nós
temos uma grande descoberta na bacia de
Santos temos que viabilizar não adianta
Só descobriu o gás eu tenho que
descobrir o gás e fazer ele chegar no
centro de consumo então nós temos que
fazer os gasodutos e não é só os gajos
adultos para que o investidor é entre
com a com o seu recursos nós precisamos
ter uma regulamentação Clara conforme o
senador mencionou a regulamentação hoje
pro setor não é clara não é a
regulamentação Não é questão de ser
claro não é questão é que é regu Ela
ainda tá incipiente para o investidor
realmente tomar coragem e investir Então
acho que esse é um ponto que nós
conversamos hoje nessa reunião com
Senador acho que é um ponto muito
importante do senador que conhece
profundamente o assunto é liderar aqui
no senado uma uma análise desse desse
processo de regulamentação do setor de
gás do setor elétrico pra gente
viabilizar
vamos dizer assim
uma coisa perfeitamente compatível uma
com a outra é muito importante essas
regulamentações estarem casadas quem vai
regulamentar o
setor de gás
Nacional de petróleo mas evidentemente
uma integração entre as várias áreas né
porque não só você tem o gás natural
um amplo espectro aí de consumo mas o
gás natural também sendo aplicado em
energia então anel também tem um papel
fundamental como agência que é
responsável pelo pelo setor de energia
elétrica quer dizer é um trabalho
integrado a NP anel né integrado com o
mercado que tem que escutar as empresas
também isso é muito importante a gente
não pode fazer um uma regulação
tecnocrática e de pessoas que não
conhece a realidade do país né então nós
precisamos juntar juntar essas coisas
todas ouvir com humildade os principais
pleitos E aí construir uma legislação
talvez não seja a melhor né que atenda a
todos mas a legislação possível para que
os investidores efetivamente tenham
confiabilidade no sentido de acreditar
no país acreditar no mercado de gás
natural e acreditar também no mercado de
energia elétrica essa regulamentação ela
passa pelo congresso
estão sendo agora encaminhadas tá vindo
nós estamos analisando agora a questão
algumas medidas Provisórias e vamos
analisar também até o final do ano
medidas Provisórias Muito provavelmente
eu acho que o governo federal não vai
preparar um projeto de lei deve no meu
ponto de vista encaminhar a medida
provisória para discutir o setor Eletro
como um todo e
ao discutir o setor elétrico isso passa
também pelo gás natural passa também
pela Medida Provisória 127 que passou
que tá na Câmara agora que regulamenta
principalmente é
a distribuição dos recursos da CDE que é
uma que principalmente é uma
contribuição criada para desenvolver
segmentos
energéticos que vão ser importantes para
o país desde o gás natural carvão
energia eólica biomassa e isso nós
estamos debatendo agora e vamos debater
e agora inclusive saiu da câmara já
aprovado e o Senado vai focar muito essa
questão pela importância que isso tem
para o futuro do país para o futuro de
novas energias e para que a gente não
venha ser mais surpreendido por esse por
essa tragédia aqui Infelizmente o Brasil
enfrentou em 2001 hoje mais a metade do
gás consumido no Brasil vem é importada
a vida Bolívia e da Argentina O que que
significa essa dependência Olha só
esse é outra outra aspecto extremamente
importante que nós conversamos hoje
nessa que nós vivemos realmente hoje a
maior parte do gás utilizado aqui do gás
natural seria da Bolívia Mas hoje nós já
temos condições e reservas para colocar
o nosso o nosso gás nacional é preços
mais do que competitivo no entanto os
preços lugares naturais da Bolívia eles
estão próximos não estão muito distantes
então é fundamental que a gente faça uma
reflexão sobre sobre esse problema não
só do preço da do gás da Bolívia que eu
acho que o governo tá negociando isso
esse tentar reduzir esse preço e também
é fácil uma reflexão sobre os nossos
preços sobre a formação desse preço eu
acho que isso é um ponto importante o
que o que que acontece com o preço do
gás no Brasil
primeiro acho que por exemplo o preço da
essa
calculado em cima de uma cesta de olhos
né e
consequentemente sofre essas variações
ligadas não só a questão do câmbio mas
também ligadas ao mercado de petróleo
Internacional
hoje esse valor chega a 3 e 30 mais ou
menos antes
mas nós temos que adotar uma política
hoje o que que o que que o ministério de
Minas energia tá fazendo tá discutindo
com a Bolívia flexibilização do contrato
a flexibilização desse contrato de 30
milhões de metros cúbicos com a Bolívia
Exatamente porque o governo federal
entende a importância do gás natural
então o vertebrado tá buscando não só a
questão de flexibilizar os contratos com
a Bolívia
tendo evidentemente garantindo mais
competitividade para indústria que vai
utilizar o gás natural e ao mesmo tempo
também olhando a questão do gás natural
que até então
vem vem se adotando uma política de
quase paridade do preço do gás natural
Nacional Gás Natural
boliviano e eu acho que as próximas
ações do executivo do governo federal
vão efetivamente sinalizar para uma
política muito mais agressiva basta
dizer o que aconteceu no Rio de Janeiro
a uma semana atrás uma reunião com a
ministra Dilma e com secretários de
energia de vários estados onde todos
eles
colocaram de uma maneira muito Franca e
muito Lúcia da importância do gás
natural para os seus estados e
evidentemente a importância de você não
só regulamentar né quer dizer ter regras
confiáveis né Claras transparentes né e
atraentes para o mercado que não
adiantamente regra Clara transparente e
sem atração nenhuma para quem quer
investir né E ao mesmo tempo também uma
preço uma uma precificação competitiva
no sentido de que o gás natural não só
vem atender projetos de energia mas
também outros projetos industriais ou
lugar natural tem uma participação
fantástica na qualidade de eficiência
que todos os empresários industriais
buscam bom nós temos já tá acabando mas
eu queria que a gente explicasse uma
coisa por telespectadora antes de acabar
que gás natural não é gás de cozinha
como é que funciona isso são qual é a
diferença o gás natural ele como o
próprio nome diz ele da própria ele é
tirado ele pode vir eventualmente
dissolvido no óleo dissolvido no
petróleo mas ele é separado ou então ele
vem já seco como é o caso por exemplo do
gás boliviano muito gás uma parte do gás
natural que sai das plataformas da
Petrobras ele vem dissolvido no óleo né
e assim falando simplesmente aí ele é
separado nas plataformas de petróleo e
aí o gás já sai para o continente o gás
de cozinha não o gás de cozinha ele é
obtido na refinaria né ou muitas vezes
importado dentro do processo todo de
fabricação de gasolina de óleo diesel
assim por diante né é um gás é mais
pesado né é um gás é esse
utiliza nos botijões mas hoje muitas
cidades já não estão utilizando mais o
gás de botijão muitas cidades estão
utilizando o gás natural mesmo para
cozinhar para aquecimento da água então
por exemplo o cara paga uma conta de
energia muito alta substitui e usa gás
natural
pode usar gás natural no fogão São Paulo
Rio de Janeiro Salvador várias grandes
capitais brasileiras já utilizam gás
natural não que o gás natural acabe com
GLP cabe com gás de cozinha Porque o gás
de cozinha Ele tem ele tem a facilidade
da distribuição então ele vai ter sempre
seu espaço no mercado mas o gás natural
tá ocupando espaços importantes nas
residências não só para banho para
aquecimento de água Rio de Janeiro por
exemplo pega a zona sul várias
boa parte dos apartamentos têm
aquecedores a gás natural né e assim
também na cozinha e o gás natural na
indústria enfim ocupando os espaços que
são importantes para ele agora essa é a
diferença para te responder o gás
natural não é fruto da própria produção
ou ele vem já seco separado do Óleo
quando ele vem junto com petróleo Ele é
separado no caso específico da Petrobras
nas plataformas e o GLP não que é o gás
de cozinha GLP ele é produzido na
refinaria engarrafado E aí distribuído
através de caminhões nas várias nas
várias cidades e nas residências o gás
natural chega a via tubulação chega
direto nas casas bom muito obrigada pela
entrevista no programa Cidadania de hoje
nós conversamos sobre o gás natural na
matriz energética brasileira com Senador
delcídio Amaral do PT do Mato Grosso do
Sul e com o Dr Xisto Vieira Filho que é
Presidente da Associação Brasileira de
geradores
muito obrigada pela sua atenção e até a
próxima
Estado de conservação
BomEstado de Conservação
Créditos
Acervo Memória da Eletricidade