Acervo

Número do registro
AUD.VHS.013
Descrição
Entrevista com Delcídio do Amaral e Xisto Vieira, sobre complementação energética.
Data
09/10/2003
Tipo Documental
EntrevistaTipo documental
Suporte
Fita VHS
Idioma
Cromia
CorCromia
Duração
00:40:08
Número de Itens
1
Transcrição
cinco e meio por cento de energia consumida no Brasil vem do gás natural o país produz 26 milhões de metros cúbicos de gás e importa 35 milhões o gás natural é considerado combustível de queima mais limpa e seria também mais seguro e barato nós vamos conversar sobre o assunto com o Presidente da Associação Brasileira de geradores de Amaral do PT do Mato Grosso do Mato Grosso do Sul Senador depois apagão de 2001 o governo decidiu que devia investir na construção de termelétricas até já antes do apagão né mas depois de foi noticiado em toda mídia que o governo é abrevias de financiamento do bem ds para construção de usinas termelétricas para diminuir a dependência e evitar a possibilidade de um novo apagão alguns parlamentares agora estão começaram a se movimentar nesse sentido eu queria que o senhor dissesse Qual é o panorama hoje no senado com relação a possibilidade de construção de usinas termelétricas Pois é uma preocupação muito grande com relação a política de energia do país a gente entende o governo federal tá muito preocupado com isso e deve encaminhar inclusive um projeto até o final do ano no sentido de fazer promover os ajustes necessários principalmente na área de energia especialmente no setor elétrico porque todo mundo sabe a crise que o país enfrentou com o racionamento 2001 e a despeito da predominância de projetos de ida e eletricidade o país precisa ter uma complementação térmica e prioritáriamente uma complementação térmica a gás natural não só em função do gás Brasil como também em função das reservas de gás que o Brasil já descobriu e tá em fase aí também de comprovação principalmente na bacia de Santos o gás natural é um combustível hoje com grande aceitação não só na Europa nos Estados Unidos com a participação elevada na matriz energética [Música] de 23% da natureza energética nós temos a participação Marginal de Dois a três por cento e o gás natural além de ser um combustível também importante na geração de energia ou a geração de energia funcionando com uma Âncora para o consumo do gás mas ele é fundamental também na indústria no comércio nas residências então é exatamente vários parlamentares que preocupados com essa questão da energia preocupados com a questão do gás natural efetivamente vão começar a debater mais profundamente esse tema até para inserir definitivamente o gás natural na nossa matriz energética a gente estava conversando sobre qual seria o percentual ideal da participação do gás natural na matriz energética brasileira eu queria que o senhor explicasse como é que o senhor imagina que isso pode funcionar até uma pergunta assim extremamente importante até a gente esclarecer E hoje nós estávamos conversando isso na nessa reunião que o senador deu auxílio promoveu é porque veja bem o sistema elétrico brasileiro tem sido planejado ao longo dos anos desde a década de 70 com um critério de risco de Déficit de 5%, O que que significa isso significa que na fase de planejamento Nós já estamos aceitando que aproximadamente uma vez a cada 20 anos nós vamos ter um relacionamento esse critério adequado Eu particularmente acho que não é um critério que leva o país a um problema igual a esse 2001 se nós olharmos Quanto custou para o país e quanto tá custando pro país um racionamento desse Esporte nós vemos que esse critério hoje é inaceitável absolutamente na aceitável então com base nisso é a abrajet tá promovendo um estudo com uma uma consultora de macroeconomia de grande porte em que nós vamos Exatamente é determinar Qual é esse montante vamos dizer assim ótimo de geração térmica para acabar com esse risco de racionamento pro país não podemos continuar a conviver com isso como Senador mencionou isso é uma coisa é que leva o país imagina dois racionamento seguidos O que que significa esse aí já significou uma queda brusca de carga queda de produção é perda de produto interno bruto Então nós não vamos continuar a conviver com isso e nós temos aqui mas o senhor tem um palpite para qual seria esse percentual não olha não eu posso dizer para você que hoje hoje com o critério normal eu ficaria tranquilo com um montante de cerca de 20%, mas eu acho ainda que esse montante de risco de Déficit é inadequado eu eu sinceramente eu acharia que aumentar a participação termoelétrica e jogar esse lixo e desce para próxima zero seria a solução ideal para o país mas em momentos onde há déficit porque elas funcionariam como um produtor alternativas de energia a energia hidrelétrica Como que funcionaria o consumo funcionamento essa essa complementaridade complementariedade nas Usinas é nós vamos ter uma espécie Seguro ou seja num país em que a energia fornecida ela é forte a presença da Ilha eletricidade é muito forte você não pode só depender de São Pedro porque quando faltar água alguém tem que suprir essa energia esse é o papel fundamental das térmicas e é com a inserção das termelétricas que vão funcionar complementarmente as usinas hidrelétricas é que o país vai ter a segurança necessária para suprir a energia que o país precisa para o seu desenvolvimento novas hidrelétricas não resolveriam não tanto é que é importante a tua pergunta claro que nós vamos continuar construindo usinas hidrelétricas Apesar de que hoje os bons projetos já se afastam dos grandes centros consumidores né caminham para Amazônia né portanto exigindo linhas de transmissão longas para trazer essa energia né trazendo também não havia linhas de transmissão não era isso Norte você tinha um excedente pequeno de energia que talvez não suprisse toda a necessidade houve uma mistura de tudo alguns setores não havia energia e havia transmissão em outro em algumas regiões não havia havia transmissão e não havia geração de energia suficiente em outros lugares vou dar um exemplo para você típico região Sul região sul não racionou energia em 2001 e tinha excedente para mandar megawatts para região Sudeste que estava sofrendo todo aquele relacionamento junto com centro-oeste com o Nordeste mas ele tava limitado pelas linhas de transmissão Então hoje os setor todo ele tem casos específicos região a região mas Todos nós concordamos que o problema principal é a questão da Matriz é como a geração de energia vai se inserir no sentido de garantir permanentemente tranquilidade para quem quer investir quem quer produzir e onde a energia elétrica é um fator predominante fundamental para que a gente gera emprego e Gere um futuro melhor nos Estados Unidos que tem uma matriz com uma participação maior do gás natural também está passando por uma crise de energia agora teve um blackout é muito pouco tempo Estados Unidos e Canadá porque seria diferente no Brasil olha essa pergunta também é interessante que ela não é diferente não os problemas são muito sim cada vez que acontece uma coisa dessa eu eu me aprofundo em estudar esse tipo de blackout até para fazer esse tipo de comparação repara só o racionamento de energia que houve na Califórnia teve dois grandes causadores e surpresas geral primeiro grande causador foi a falta de água nas usinas hidrelétricas da região interessante né o segundo foi um problema na nossa concepção de regulamentação porque porque as empresas lá não eram obrigadas ou não era obrigado não era até incentivadas a comprar energia no curto prazo no chamado mercado Spot e somente a compra de energia no mercado de esporte não incentiva a construção de novas Esse é um problema que o novo modelo tá procurando que está sendo colocada sendo preconizado conforme o senador neocídio mencionou que tá tentando corrigir esse tipo de problema então Esses foram os problemas do nos Estados Unidos no blackout nos Estados Unidos é outra coisa interessante o que que aconteceu no blackout a gente pode comparar com blackout de 1999 no Brasil de Março 99 repara só em março 99 descobriu-se que as subtrações várias subtrações do país inclusive é de Bauru originou tudo né eram subestações com concepções antigas arranjos de subestações antigas que não tinha sido modernizados a mesma coisa nos Estados Unidos Isso foi um problema de modernização então não estão não estavam vendo investimentos em modernização das instalações existentes o blackout Por exemplo agora é que nós tivemos semana passada na Itália repara o que que é foi exatamente o seguinte a Itália deixou de gerar local deixou minimizou a geração local e aumentou as importações de energia de longa distância E aí deu um problema na transmissão de desligamento em Cascata blackout então repara que essas coisas são muito parecidas verdade nós temos aí uma um desafio quer dizer que é não só a geração de energia e predominantemente de origem hidráulica mas isso pactuado com a geração térmica né a gás natural carvão enfim né mas no meu ponto de vista no caso da geração termelétrica ela focada especialmente no gás natural pelo combustível que é semelhantemente esse país todo desenvolvido no mundo e também uma questão associada a transmissão E modernização de instalações quer dizer nós estamos diante aí de um modelo complexo e que vai que tá tomando um tempo grande do ministério de Minas e energia no sentido de buscar realmente a segurança que as pessoas esperam principalmente no que se refere a suprimento de energia elétrica para o país e quando se fala em suprimento se pensa no caso de energia elétrica seria a princípio se associa o modelo de sustentável Auto sustentável E no caso do gás natural nas reservas são limitadas eu queria que o senhor explicasse assim não existe ainda um limite de reservas no Brasil ainda pode se descobrir novas coisas quanto tempo para nos nossos reservas podem aparecer é Olha só esse problema das reservas do gás natural que às vezes geralmente faz um primeiro estudo teórico diz assim não nessas reservas é são válidas por 20 anos quer dizer primeiro que isso é uma é uma estimativa Inicial Depois que essas Essas explorações são feitas isso aí verifica-se que normalmente tem mais do que aquele montante e segundo que durante aquele período é vão aumentando as tecnologias vão melhorando as tecnologias de exploração e produção e novas fontes vão sendo descobertas então eu diria que com as novas fontes é as novas descobertas aqui nos próximos 20 anos nós nós não teremos problemas de guerra natural Horácio o nosso problema é explorar e cigarro natural e depois os próximos 20 anos eu tô achando certamente nós vamos descobrir para mais 40 60 80 porque certamente a Petrobras os agentes privados etc que estão empenhados na exploração e produção vamos descobrir novas fontes como descobrir agora no Espírito Santo em Santos conforme o senador então assim não vai não vai haver falta de gás natural o gás natural por exemplo para criação de usinas termelétricas é grande o investimento que vai funcionar durante 20 anos de exploração para depois aquela reserva se esgotasse ele é realmente um investimento que vale a pena como compensar a matriz energética brasileira baseada nisso do dia e com entrada fortíssima do gás natural não só na energia mas na indústria no comércio nos veículos enfim gás natural veicular Hoje Somos 60 nós hoje estamos próximos de 29 milhões de metros cúbicos 30 milhões de metros cúbicos não eu hoje é o consumo atual contando gasoduto Bolívia Brasil e contando também a contribuição da das plataformas né que a Petrobras tem na no litoral brasileiro mas é eu acho que o importante nesse nesse nesse processo todo é que se investiu muito enganado natural por exemplo a Bolívia nós funcionava nós quando a Bolívia quando o gasoduto Bolívia Brasil se pensava em construir casa do Bolívia Brasil nós temos cinco trilhões de pés cúbicos na Bolívia provados hoje nós temos quase 52 t isso aí é mais ou menos o equivalente 52 trilhões de pés cúbicos Isso quer dizer mais ou menos cinco gasodutos Bolívia Brasil operando durante 20 anos com 30 milhões de metros cúbicos de cada um então o que que aconteceu com a perspectiva do crescimento do gás natural no Brasil as empresas de petróleo investiram por causa da Petrobras o caso da Repsol o caso da da Total fina enfim muitas companhias de petróleo se apresentaram na Bolívia e fizeram investimentos investimentos para você prospectar petróleo o gás natural são investimentos pesados então associado ao que já foi feito associado que a Petrobras está investindo no gás natural É principalmente na plataforma continental associada ao que tá o que vai se produzir em Urucu lá no Amazonas né Nós temos uma perspectiva de uma produção de gás natural é bastante consistente nos próximos anos nas próximas décadas o mesmo tempo 20 anos 20 anos de vida Brasil São 20 anos é mais para um fator comparativo mas evidentemente em função das reservas que se a vizinham e para o consumo Brasileiro nós vamos ter gás natural para atender o mercado com muito mais industrianos é que é o kueto nós como nós somos pessoas voltadas para a área de energia né eu Senador agora e o meu caro é xisto o presidente da abrajet também vice-presidente da eu passo nós sempre comparamos o Bolívia Brasil Isso é uma espécie de um paradigma na indústria de gás natural no nosso país então é mais para as pessoas terem uma ideia do que que representa isso mas nós vamos ter muito gás natural e temos que efetivamente não só utilizar o gás natural na energia mas o gás natural utilização é é no futuro predominante não vai ser com geração de energia vai ser na indústria né vai ser no comércio vai ser na coogeração de energia Onde por exemplo um shopping center vai usar gás natural para fornecer energia para o shopping para fornecer o ar condicionado do shopping para fornecer aquecimento do shopping Então essa é a verdadeira é talvez é o grande nicho do gás natural além evidentemente do impacto ambiental muito menor como você disse Logo no início e é importante também quer dizer dentro de todo esse contexto né é um combustível que se você por exemplo aplicar gás natural na indústria cerâmica Eu posso te garantir que a qualidade de um produto produzido utilizando gás natural comparativamente com um produto que vai produzir produzir a base de óleo diesel certo ou bpf não há dúvida que não é só a questão ambiental que é muito mais mitigada muito mais reduzida em termos de impacto né ambiental como também a qualidade dos produtos é violentamente melhor tanto é que Santa Catarina Santa Catarina tem um perfil forte de produção de cerâmica hoje Santa Catarina está convertendo todos as suas indústrias para gás natural porque pela qualidade da queima quer dizer levanta uma qualidade melhor do produto e ao mesmo tempo impacto ambiental e cada vez e tendo uma eficiência cada vez maior no processo a gente vai fazer um pequeno intervalo no programa Cidadania de hoje nós estamos conversando sobre gás natural na matriz energética brasileira com Senador delcídio Amaral do PT do Mato Grosso do Sul e com o Dr christo Vieira Filho que é Presidente da Associação Brasileira de geradores termelétricas a gente volta já já [Música] no programa Cidadania de hoje nós estamos conversando sobre o gás natural na matriz energética brasileira com Senador delcídio Amaral do PT do Mato Grosso do Sul e com o Dr xercio Vieira Filho que é Presidente da Associação Brasileira de geradores termelétricas e a gente antes do intervalo estava conversando sobre o impacto ambiental do gás natural e normalmente o gás natural possui vários miligramas de mercúrio por metro cúbico Qual é o grau de toxicidade do gás natural com relação aos outros combustíveis o impacto do gás natural na questão ambiental é muito pequeno em relação a qualquer outro tipo de combustível que seja que é utilizado para geração de energia elétrica e surpreender e surpreendentemente até dizer uma coisa para você que hoje na situação atual eu diria que ele agride até menos meio ambiente do que a própria geração hidrelétrica porque porque a geração hidrelétrica conforme o senador delcídio explicou as fontes mais próximas do centro de consumo então esgotadas então Eh 70% do nosso potencial hoje tá na Amazônia Então nós vamos ter que se nós queremos fazer hidrelétrica lá nós vamos ter que promover inundações na Amazônia nós vamos ter que agredir o meio ambiente mas certamente do que então do que o gás natural eu eu separaria a coisa dessa seguinte maneira o que que eu chamo de combustível de geração de base geração de base para gerar realmente eletricidade para suprir energia do país essa geração hidrelétrica geração termoelétrica gás natural carvão e nuclear etc muito bem o que que o que que existe não você pode dizer energia eólica tudo bem energia solar tudo bem É mas essa esse tipo de energia não é energia ainda com a tecnologia hoje existente para uma geração de base tá eu não posso pensar é exatamente Então isso é geração altamente complementarem pequenas escala porque ela não tem uma dimensão econômicaicamente viável que possa suportar uma expansão de base então eu diria para você que o gás natural de todos os combustíveis hoje na situação atual é o que menos agride o meio ambiente mas por exemplo o gasoduto Urucu Porto Velho ele tá parado por questões ambientais como é que isso funciona não esse é um processo Urucu Porto Velho ele demorou muito por outra razões tive a oportunidade de acompanhar muito perto Até porque eu era um dos responsáveis por esse projeto na Petrobras e na verdade houve uma discussão intensa inclusive no que se refere alternativas para levar o gás natural para Manaus durante um tempo inclusive entendia-se que a melhor solução seria levar o gasto comprimido para Manaus ao invés disso utilizar gasodutos e naquela época nós defendíamos uma tese contrária dizendo que a melhor solução seria os gasosas até porque para escala que Manaus transportar gás comprimido pelo rio Amazonas seria um risco enorme além de ser uma operação de logística extraordinária então isso atrasou muito porque existiam pressões lá no próprio Estado do Amazonas no sentido de viabilizar essa outra alternativa então é esse foi Principalmente uma das razões que levaram atraso e é uma dificuldade adicional na liberação das licenças de instalação até porque nesse licenciamento desse gasoduto passava pelos órgãos ambientais de lá do estado e também no caso específico da interligação de Urucu até Porto Velho também o Ibama foi ouvido no processo mas eu quero eu quero deixar bem bem claro que o atraso maior deveu-se muito mais a uma a uma discussão até política nem tanto Empresário é uma política no sentido de qual seria a alternativa melhor mas no momento tá parado porquestões ambientais não é Doutor X a gente conversou um pouquinho antes da entrevista de retomada foi feito uma audiência pública agora recentemente né para seguir a liturgia toda do processo de licenciamento mas eu não tenho dúvida nenhuma que a melhor solução para se atender Manaus é com gás natural de Urucu como também Porto Velho não só em função do potencial e que aquele três quaren Manaus né hoje se estuda também alternativa Urucu Manaus e o outro Porto Velho são ele é um dia a dia as reservas da petrobrasil crescem Mas tem uma vocação de geração termelétrica natural primeiro porque o você já tem um todo um sistema térmico instalado em Manaus né acoplada a usina de Balbina mas se você analisar o atendimento de Manaus ou por alternativas de linha de transmissão ou por outros projetos hidrelétricos na região você vai ver que o custo-benefício e a viabilidade técnica Econômica é muito mais compatível a utilização do gás natural do que chegar com linhas de transmissão ou construir uma nova usina hidrelétrica naquela região para quem não conhece direito Amazônia eu vivi muito tempo na Amazônia Amazônia é plana então quando a gente barra um rio normalmente o reservatório é grande Balbina por exemplo a buzina que gera 250 megawatts sabe qual o tamanho do reservatório de Balbina quase 4 mil quilômetros quadrados na cota normal é quase do tamanho de Tucuruí que é uma usina de hoje operando com 4 mil megawatts e que tem uma potência instalada Projetada de 8 mil Então a Amazônia essa questão tá ele é fundamental com uma o Xisto acabou de dizer a Amazonas nós temos a predominância da hidreletricidade mas nós não podemos esquecer as dificuldades que o meio ambiente vai impor a projetos hidrelétricos Especialmente na região Amazônica e o gás natural tá lá disponível provado o perfil de Manaus o perfil de Porto Velho é de geração termelétrica então nós o governo brasileiro tá empenhado Esse eu não tenho dúvida é um dos projetos mais importantes de Integração no Brasil que é Coari Manaus e Urucu Porto Velho e a despeito das dificuldades o processo voltou a ser retomado e eu não tenho dúvida que será implantado até porque a melhor alternativa para Amazônia em termos de atendimento energético é o gás natural inegavelmente e com amplas vantagens se você comparar ou com alternativa hidrelétrica em função dos todos que se tem ou alternativa que alguns hoje acreditam de linhas de transmissão interligando Tucuruí chegando até Manaus é mais de certa maneira é não Não essas alternativas não estão no meu ponto de vista não estão sendo muito bem avaliadas porque atravessar com a linha de transmissão na Amazônia é uma negócio muito complexo é Amazon Amazônia Tem problemas é muito difíceis de acesso né desculpe a pouca informação mas sempre construir uma linha de transmissão para energia elétrica e um gasoduto ambientalmente é que por exemplo uma linha de transmissão sobre ter uma ideia você tem que ter uma faixa de Dona Amazônia de 100 metros por quê Porque as aves são muito Compridas são muito altas Então você tem que ter uma linha transmissão com uma distância tal da floresta para se não cair uma árvore não cair caindo uma incaindo uma árvore essa ave não cair em cima da linha né a lei como acontecemos na Itália nesse caso específico da Itália é uma prova contestava e típica ao passo que o gasoduto você tem um impacto ambiental menor e você ele não precisa dessa área ele não precisa dessa primeira da faixa desse tamanho de faixa de Servidão e mais você precisa de uma faixa também ele precisa de uma faixa só que ele vai todo enterrado né Você tem uma série de mecanismos para evitar qualquer tipo de interferência na operação do gasoduto em alguns casos até você tem uma a recuperação da da vegetação nativa né existem exemplos aí pelo país inteiro quase que uma linha de transmissão não você tem 100 m e você tem que garantir efetivamente uma faixa de Servidão absolutamente limpa porque qualquer vegetação maior né qualquer qualquer crescimento de vegetação embaixo da linha leva um curto circuito e curto circuito leva o quê a black Senador é lenda diferença dos 1.800 km do da linha para 400 km 400 km de gasolina como é o caso de Manaus quer dizer para se levar energia de Tucuruí nós temos que fazer 1.800 km de linha no caso no caso específico de Manaus né Se você usar um gasoduto você em 400 você fazendo um caso de 400 km Você tá é de Coari até Manaus você leva o gás natural de Urucu na cidade de Manaus mas quando se pensa em reservas próximas a centros consumidores com a diminuição da necessidade de transmissão o que é possível hoje fazer um país assim você diz construção de geração térmica não veja bem se você colocar gerações térmicas pelo menos de porte próximas a cada grande capital cada Grande centro reservas de gás para facilitar essa construção Sem dúvida alguma hoje a preocupação maior que tem sido de treinada pela abrangente não é hoje já não se questiona nem a quantidade de gás hoje o que se precisa é ter uma regulação uma regulamentação Clara uma precificação precificação competitiva Para viabilizar esses projetos e que absolutamente possível e outros meios Ou seja que quer dizer que quer dizer transporte quer dizer odutos Para viabilizar esses projetos todos e isso é o que a Petrobras está fazendo agora com o projeto malhas que atende não só a região sudeste atende a região Nordeste também e no futuro tá se prevendo a interligação da região Sudeste com a região Nordeste criando uma grande malha de gás para atender o Brasil inteiro e o que que tá faltando Dr X então não é como Senador fala mencionou quer dizer em termos de infraestrutura a Petrobras está trabalhando esse projeto malhas é mas eu acho que por exemplo agora nós temos uma grande descoberta na bacia de Santos temos que viabilizar não adianta Só descobriu o gás eu tenho que descobrir o gás e fazer ele chegar no centro de consumo então nós temos que fazer os gasodutos e não é só os gajos adultos para que o investidor é entre com a com o seu recursos nós precisamos ter uma regulamentação Clara conforme o senador mencionou a regulamentação hoje pro setor não é clara não é a regulamentação Não é questão de ser claro não é questão é que é regu Ela ainda tá incipiente para o investidor realmente tomar coragem e investir Então acho que esse é um ponto que nós conversamos hoje nessa reunião com Senador acho que é um ponto muito importante do senador que conhece profundamente o assunto é liderar aqui no senado uma uma análise desse desse processo de regulamentação do setor de gás do setor elétrico pra gente viabilizar vamos dizer assim uma coisa perfeitamente compatível uma com a outra é muito importante essas regulamentações estarem casadas quem vai regulamentar o setor de gás Nacional de petróleo mas evidentemente uma integração entre as várias áreas né porque não só você tem o gás natural um amplo espectro aí de consumo mas o gás natural também sendo aplicado em energia então anel também tem um papel fundamental como agência que é responsável pelo pelo setor de energia elétrica quer dizer é um trabalho integrado a NP anel né integrado com o mercado que tem que escutar as empresas também isso é muito importante a gente não pode fazer um uma regulação tecnocrática e de pessoas que não conhece a realidade do país né então nós precisamos juntar juntar essas coisas todas ouvir com humildade os principais pleitos E aí construir uma legislação talvez não seja a melhor né que atenda a todos mas a legislação possível para que os investidores efetivamente tenham confiabilidade no sentido de acreditar no país acreditar no mercado de gás natural e acreditar também no mercado de energia elétrica essa regulamentação ela passa pelo congresso estão sendo agora encaminhadas tá vindo nós estamos analisando agora a questão algumas medidas Provisórias e vamos analisar também até o final do ano medidas Provisórias Muito provavelmente eu acho que o governo federal não vai preparar um projeto de lei deve no meu ponto de vista encaminhar a medida provisória para discutir o setor Eletro como um todo e ao discutir o setor elétrico isso passa também pelo gás natural passa também pela Medida Provisória 127 que passou que tá na Câmara agora que regulamenta principalmente é a distribuição dos recursos da CDE que é uma que principalmente é uma contribuição criada para desenvolver segmentos energéticos que vão ser importantes para o país desde o gás natural carvão energia eólica biomassa e isso nós estamos debatendo agora e vamos debater e agora inclusive saiu da câmara já aprovado e o Senado vai focar muito essa questão pela importância que isso tem para o futuro do país para o futuro de novas energias e para que a gente não venha ser mais surpreendido por esse por essa tragédia aqui Infelizmente o Brasil enfrentou em 2001 hoje mais a metade do gás consumido no Brasil vem é importada a vida Bolívia e da Argentina O que que significa essa dependência Olha só esse é outra outra aspecto extremamente importante que nós conversamos hoje nessa que nós vivemos realmente hoje a maior parte do gás utilizado aqui do gás natural seria da Bolívia Mas hoje nós já temos condições e reservas para colocar o nosso o nosso gás nacional é preços mais do que competitivo no entanto os preços lugares naturais da Bolívia eles estão próximos não estão muito distantes então é fundamental que a gente faça uma reflexão sobre sobre esse problema não só do preço da do gás da Bolívia que eu acho que o governo tá negociando isso esse tentar reduzir esse preço e também é fácil uma reflexão sobre os nossos preços sobre a formação desse preço eu acho que isso é um ponto importante o que o que que acontece com o preço do gás no Brasil primeiro acho que por exemplo o preço da essa calculado em cima de uma cesta de olhos né e consequentemente sofre essas variações ligadas não só a questão do câmbio mas também ligadas ao mercado de petróleo Internacional hoje esse valor chega a 3 e 30 mais ou menos antes mas nós temos que adotar uma política hoje o que que o que que o ministério de Minas energia tá fazendo tá discutindo com a Bolívia flexibilização do contrato a flexibilização desse contrato de 30 milhões de metros cúbicos com a Bolívia Exatamente porque o governo federal entende a importância do gás natural então o vertebrado tá buscando não só a questão de flexibilizar os contratos com a Bolívia tendo evidentemente garantindo mais competitividade para indústria que vai utilizar o gás natural e ao mesmo tempo também olhando a questão do gás natural que até então vem vem se adotando uma política de quase paridade do preço do gás natural Nacional Gás Natural boliviano e eu acho que as próximas ações do executivo do governo federal vão efetivamente sinalizar para uma política muito mais agressiva basta dizer o que aconteceu no Rio de Janeiro a uma semana atrás uma reunião com a ministra Dilma e com secretários de energia de vários estados onde todos eles colocaram de uma maneira muito Franca e muito Lúcia da importância do gás natural para os seus estados e evidentemente a importância de você não só regulamentar né quer dizer ter regras confiáveis né Claras transparentes né e atraentes para o mercado que não adiantamente regra Clara transparente e sem atração nenhuma para quem quer investir né E ao mesmo tempo também uma preço uma uma precificação competitiva no sentido de que o gás natural não só vem atender projetos de energia mas também outros projetos industriais ou lugar natural tem uma participação fantástica na qualidade de eficiência que todos os empresários industriais buscam bom nós temos já tá acabando mas eu queria que a gente explicasse uma coisa por telespectadora antes de acabar que gás natural não é gás de cozinha como é que funciona isso são qual é a diferença o gás natural ele como o próprio nome diz ele da própria ele é tirado ele pode vir eventualmente dissolvido no óleo dissolvido no petróleo mas ele é separado ou então ele vem já seco como é o caso por exemplo do gás boliviano muito gás uma parte do gás natural que sai das plataformas da Petrobras ele vem dissolvido no óleo né e assim falando simplesmente aí ele é separado nas plataformas de petróleo e aí o gás já sai para o continente o gás de cozinha não o gás de cozinha ele é obtido na refinaria né ou muitas vezes importado dentro do processo todo de fabricação de gasolina de óleo diesel assim por diante né é um gás é mais pesado né é um gás é esse utiliza nos botijões mas hoje muitas cidades já não estão utilizando mais o gás de botijão muitas cidades estão utilizando o gás natural mesmo para cozinhar para aquecimento da água então por exemplo o cara paga uma conta de energia muito alta substitui e usa gás natural pode usar gás natural no fogão São Paulo Rio de Janeiro Salvador várias grandes capitais brasileiras já utilizam gás natural não que o gás natural acabe com GLP cabe com gás de cozinha Porque o gás de cozinha Ele tem ele tem a facilidade da distribuição então ele vai ter sempre seu espaço no mercado mas o gás natural tá ocupando espaços importantes nas residências não só para banho para aquecimento de água Rio de Janeiro por exemplo pega a zona sul várias boa parte dos apartamentos têm aquecedores a gás natural né e assim também na cozinha e o gás natural na indústria enfim ocupando os espaços que são importantes para ele agora essa é a diferença para te responder o gás natural não é fruto da própria produção ou ele vem já seco separado do Óleo quando ele vem junto com petróleo Ele é separado no caso específico da Petrobras nas plataformas e o GLP não que é o gás de cozinha GLP ele é produzido na refinaria engarrafado E aí distribuído através de caminhões nas várias nas várias cidades e nas residências o gás natural chega a via tubulação chega direto nas casas bom muito obrigada pela entrevista no programa Cidadania de hoje nós conversamos sobre o gás natural na matriz energética brasileira com Senador delcídio Amaral do PT do Mato Grosso do Sul e com o Dr Xisto Vieira Filho que é Presidente da Associação Brasileira de geradores muito obrigada pela sua atenção e até a próxima
Estado de conservação
BomEstado de Conservação
Créditos
Acervo Memória da Eletricidade