Acervo

Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias

verbete atualizado em: 06/07/2022
Categoria
Fio d'água
Empresa
Município/Estado
Três Lagoas - MS
Bacia Hidrográfica
Bacia do rio da Prata
Região
Sudeste
Potência
1.551.200 kW
Data de Construção
1960
Inauguração
1974
Operação
14/04/1969
Histórico

A Usina Hidrelétrica Eng. Souza Dias, também denominada Usina Hidrelétrica Jupiá, do tipo fio d'água, está situada no rio Paraná, nos municípios de Castilho, no estado de São Paulo, e Três Lagoas, no estado do Mato Grosso do Sul. Integra, junto com a Usina Hidrelétrica Ilha Solteira, o Complexo Hidrelétrico Eng. Francisco Lima de Souza Dias, também denominado Complexo Hidrelétrico de Urubupungá.


A realização do aproveitamento do salto do Urubupungá, próximo à foz do rio Tietê no rio Paraná, teve como antecedentes a constituição da Comissão Interestadual da Bacia Paraná-Uruguai (CIBPU), em 1952, destinada a estudar os problemas ligados ao aproveitamento da bacia mencionada, e os estudos desenvolvidos em nível de projeto básico pela Edisombras S.A., apresentados em 1957, e que previram a construção da Usina Hidrelétrica Eng. Souza Dias e da Usina Hidrelétrica Ilha Solteira.


Em maio do mesmo ano, a concessão para a realização de ambos os aproveitamentos foi obtida pela CIBPU para o estado de São Paulo.


A construção da primeira ensecadeira foi iniciada em 1960, sob a responsabilidade da própria CIBPU. No ano seguinte, foi constituída a Centrais Elétricas de Urubupungá S.A. (Celusa), empresa a qual seria atribuída a realização dos empreendimentos em questão. Na mesma ocasião, deu-se início à instalação da Vila Piloto de Jupiá, com 700 unidades de habitação. A execução das obras civis ficou a cargo da Construção e Comércio Camargo Correa S.A.. 


Em 1966, a construção da usina passou ao controle da Centrais Elétricas de São Paulo S.A. (Cesp).


A usina entrou em operação em 14 de abril de 1969.


O arranjo consta da barragem com núcleo central em concreto e duas seções em aterro compactado, com 5.604 metros de comprimento total, e do reservatório, formado pelo rios Paraná, Tietê e Sucuriu, com volume total de 3.680 milhões de metros cúbicos de água e área inundada de 544 quilômetros quadrados. A estrutura de concreto inclui a eclusa de navegação, que veio a entrar em operação em janeiro de 1998, a tomada d'água e a casa de força, e os vertedouros, com quatro vãos de superfície e 37 descarregadores de fundo e capacidade de vazão de 50.130 metros cúbicos por segundo.


A formação do reservatório da usina determinou a relocação da cidade de Itapura, no estado de São Paulo.


A casa de força abriga 14 unidades geradoras, que tinham a potência unitária inicial de 108.000 kW, instaladas até 30 de maio de 1974, constituídas de turbinas do tipo Kaplan, de 140.000 cv, operando sob queda bruta de 25,40 metros, e de geradores de 112.000 kVA. Os equipamentos foram fornecidos pelo Gruppo Industrie Elettro Meccaniche per Impianti All'Estero (GIE), sendo que duas das turbinas foram fabricadas pela Escher Wyss. Participaram do fornecimento, também, as empresas Mecânica Pesada, Bardella, Asea do Brasil, Ishikawajima, Coemsa, General Electric S.A. e IEEB, responsáveis por matéria-prima e materiais semi-elaborados. 


Em 1977, a concessionária teve sua razão social alterada para Companhia Energética de São Paulo (Cesp).


Em 1996, a usina foi repotenciada, tendo tido suas máquinas alteradas para 110.800 kW e passando a totalizar a potência final de 1.551.200 kW.


Encontra-se atualmente em operação, integrando o sistema interligado.


Existem em funcionamento, junto à usina, um centro de pesquisas hidráulicas e uma estação de piscicultura.

Situação atual
Em operação
Fontes consultadas
CD-ROM "Sistema de Banco de Imagens: Usinas de Energia Elétrica no Brasil 1883-1999"
Descritor de