Paulo Azevedo Romano nasceu no Rio de Janeiro no dia 17 de fevereiro de 1926. Formou-se em Engenharia Civil, em 1951, e em Engenharia Elétrica, em 1954, pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil. Iniciou sua carreira profissional ainda como estudante na Divisão de Terras e Colonização, no ano de 1948, e na Divisão de Águas, de 1948 a 1952, do Departamento Nacional da Produção Mineral - DNPM do Ministério da Agricultura. Depois de formado, atuou como engenheiro interino na Divisão de Águas, entre 1952 e 1956, e na Seção de Estudos do Mercado Consumidor da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - Chesf, de 1956 a 1957.

Nesse último ano, ingressou na Divisão de Águas como engenheiro concursado. Tornou-se engenheiro chefe da Seção de Concessões, Legislação e Estudos Econômicos da mesma Divisão, em 1961 e 1962. Nesse último ano, integrou a comissão administrativa do grupo de trabalho criado para proceder às providências precedentes aos atos constitutivos da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobras, relativas à organização dos serviços básicos da sociedade, ao arrolamento em especificações dos bens e direitos da União destinados à integralização do capital da empresa e à elaboração dos seus estatutos. Foi diretor da Divisão de Águas do DNPM, entre 1962 e 1966. No mesmo período, presidiu a Comissão de Nacionalização das Empresas Concessionárias de Serviços Públicos - Conesp, responsável pelas negociações para compra das empresas subsidiárias brasileiras da Amforp e da Brazilian Electric Power Company - Bepco, em 1963. Como representante do Ministério das Minas e Energia - MME, participou da comissão especial criada para acompanhar os trabalhos de verificação do preço de compra dessas empresas e que ficou encarregada, também, da redação do contrato final da transação.

Em 1964, realizou estágio nos Estados Unidos, México e Panamá, sob os auspícios da Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional - Usaid, no campo do planejamento e aproveitamento de recursos hídricos, apresentou o MME no Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste - Sudene. Em 1964 e 1965, foi suplente do Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica - Cnaee e, em 1965 e 1966, foi membro do conselho executivo do Comitê Nacional para a Conferência Nacional de Energia, com mandato de 1963 a 1965.

Foi o primeiro diretor-geral do Departamento Nacional de Águas e Energia - Dnae, depois denominado Dnaee, entre março de 1966 e janeiro de 1968, tendo sido sucedido por José Pacheco da Veiga. Em 1967, representou o MME no grupo de trabalho criado no Conselho Nacional de Comércio Exterior - Concex para estudar a incidência do custo do Imposto Único sobre Energia Elétrica - IUEE e do Imposto Único sobre Lubrificantes, Combustíveis Líquidos e Gasosos nos produtos industrializados. Chefiou o Departamento de Tarifas da Diretoria de Gestão Empresarial da Eletrobras de setembro de 1968 a fevereiro do ano seguinte, quando se tornou chefe do gabinete do ministro das Minas e Energia, Antonio Dias Leite Júnior.

Em junho de 1971, assumiu a Diretoria Comercial da Chesf, permanecendo nessa empresa até junho de 1974. No mesmo mês, ingressou na Itaipu Binacional. De julho de 1975 até fevereiro de 1991, data de sua aposentadoria nessa empresa, desempenhou a função de assistente técnico da Diretoria Técnica, tendo acompanhado, nesse período, todas as etapas do desenvolvimento do projeto e da construção da Usina Hidrelétrica Itaipu. Em seguida, e até janeiro de 1996, foi assistente de John Reginald Cotrim, consultor técnico da Itaipu Binacional. Em maio de 1992, atuou como consultor do Centro da Memória da Eletricidade no Brasil - Memória da Eletricidade.