Patrimônio de ciência e tecnologia no Preserva.Me 2018

Postado em 22/10/2018
Rayssa Dias

Jornalista pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), possui cursos e experiência profissional em comunicação empresarial, nos segmentos de produção de conteúdo e assessoria de imprensa. Na Memória da Eletricidade é responsável por intermediar o relacionamento da instituição com a mídia, cobrir eventos, planejar e desenvolver conteúdos.

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Carentes de valor estético ou artístico óbvio, é na capacidade de recontar a trajetória do desenvolvimento tecnológico do homem que o patrimônio histórico da ciência e da tecnologia se constitui, segundo Marcio Rangel, museólogo do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast) e palestrante do Preserva.Me 2018, evento promovido pela Memória da Eletricidade.

Ele explica que, quando falamos de preservação de patrimônio, estamos, simultaneamente, nos referindo à preservação de identidade e valores culturais. É essa visão da tecnologia como manifestação das possibilidades de criação da cultura em cada época que o pesquisador abordou em sua palestra (assista aqui).

“Os museus são espaços-âncora, nos quais fazemos um contraponto do que fomos para o que somos hoje”, analisa o pesquisador, destacando a importância dessas instituições. “Museus, bibliotecas e arquivos são instituições estratégicas na guarda do patrimônio de uma nação. Alguns autores dizem que a sociedade ocidental se organizou e sistematizou a partir do material que existe nessas instituições”, conta.

Marcio Rangel acredita que o incêndio no Museu Nacional, ocorrido em setembro, recolocou a pauta da emergência do cuidado com as instituições de guarda de patrimônio e do risco de perdas irreparáveis. “Falar em reconstruir o Museu Nacional não passa de falácia, o que queimou é irrecuperável. O que se faz, a partir desse momento, é começar novas coleções e ressignificar o Museu. Acho que isso bateu na sociedade de alguma forma, porque as visitas aumentaram consideravelmente no final de semana seguinte. O Mast e outras instituições ficaram lotados, era como se as pessoas tivessem com uma ressaca moral de não terem ido antes ao Museu Nacional”, analisa.


Veja também

A palestra "O patrimônio cultural de ciência e tecnologia e os museus", apresentada por Marcio Rangel no Preserva.Me 2018.


Rayssa Dias

Jornalista pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), possui cursos e experiência profissional em comunicação empresarial, nos segmentos de produção de conteúdo e assessoria de imprensa. Na Memória da Eletricidade é responsável por intermediar o relacionamento da instituição com a mídia, cobrir eventos, planejar e desenvolver conteúdos.