Organizações do Setor
Companhia Auxiliar de Empresas Elétricas Brasileiras - CAEEB
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Nome
Companhia Auxiliar de Empresas Elétricas Brasileiras - CAEEB
Emprezas Electricas Brasileiras - EEB
Mourchison - Caeeb
Tipo de organização
Empresa de energia elétrica
Verbete

Em meados de 1923, a Bond & Share criou a Amforp, cujo principal objetivo era agilizar seus negócios no exterior e concretizar a aquisição de propriedades para a empresa fora dos EUA. Com foco inicial na América Central (Cuba, Guatemala e Panamá), a empresa deu seus primeiros passos no Brasil em 1927. Em setembro desse ano, os norte-americanos constituíram a Empresas Elétricas Brasileiras (EEB), futura Companhia Auxiliar de Empresas Elétricas Brasileiras (Caeeb).A Caebb tinha como finalidade montar uma base legal para viabilizar as operações da Amforp em território brasileiro. Depois de 1930, o grupo Amforp não expandiu sua área de atuação no Brasil, permanecendo basicamente constituído pelas 31 empresas concessionárias adquiridas no final da década de 1920. O grupo também contava com uma empresa de serviços, originalmente denominada Empresas Elétricas Brasileiras S.A. (EEB), encarregada de centralizar e supervisionar as operações administrativas, de engenharia, jurídicas e contábeis de todas as concessionárias. Em 30 de maio de 1941, a EEB mudou sua denominação para Companhia Auxiliar de Empresas Elétricas Brasileiras (Caeeb), sendo mantida a sua sede na cidade do Rio de Janeiro. De 1930 a 1945, a Amforp preocupou-se sobretudo em consolidar sua presença em São Paulo, realizando um trabalho pioneiro de interligação e uniformização de frequências. Situadas na zona oeste do estado, numa área que abrangia os municípios de Campinas, Ribeirão Preto, Bauru, Araraquara e Piracicaba, as 22 concessionárias paulistas da Amforp operavam sistemas isolados, todas na frequência de 50 ciclos, excetuada a Companhia Campineira de Tração, Luz e Força que operava em 60 ciclos. A energia utilizada provinha de 20 pequenas usinas, entre as quais Jaguari e Marimbondo, com 8.000 kW, destacavam-se como as principais. O grupo norte-americano providenciou a paralisação de algumas usinas, converteu para 60 ciclos a frequência das demais e iniciou a interligação dos sistemas locais, construindo em dez anos uma rede de 1.600 km de linhas de transmissão. A partir do final da Segunda Guerra Mundial, quase todas as empresas do grupo Amforp, coordenadas no Brasil pela Companhia Auxiliar de Empresas Elétricas Brasileiras (Caeeb), registraram um aumento de demanda de energia elétrica em suas áreas de concessão. Em 1965, as antigas concessionárias da Amforp passaram a integrar o quadro de subsidiárias da Eletrobras. A partir de 1968, elas seriam incorporadas, em sua maioria, a concessionárias públicas estaduais já existentes, em processo que demorou quase sete anos para ser concluído. A Companhia Auxiliar de Empresas Elétricas Brasileiras (Caeeb), que centralizava a administração das concessionárias da Amforp, modificou sua estrutura a fim de prestar serviços de engenharia, compras, inspeção e transportes à holding federal. Em novembro de 1971, a Caeeb sairia da órbita da Eletrobrás, passando à condição de sociedade de economia mista vinculada diretamente ao Ministério das Minas e Energia (MME). Sendo a Caeeb sendo extinta no mês seguinte a posse do presidente Fernando Collor de Mello. Atualmente os documentos da instituição, que foi liquidada em 1990, está sob a guarda da Memória da Eletricidade.