COSTA, Rubens Vaz da Presidente da Chesf; secretário Nacional de Energia Rubens Vaz da Costa nasceu em Garanhuns (PE) no dia 28 de setembro de 1927.

Trabalhou como balconista em sua cidade natal e foi gerente da Cooperativa de Laticínios de Garanhuns (PE). Transferindo-se para Salvador (BA), ocupou o cargo de subgerente da Companhia Industrial e Comercial Brasileira de Produtos Alimentícios, subsidiária da Nestlé S.A. (1949-1954).

Formou-se em Ciências Econômicas pela Universidade da Bahia em 1954, realizando posteriormente um curso sobre Desenvolvimento Econômico promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU) no Rio de Janeiro (DF). Como funcionário do Banco do Nordeste do Brasil, participou de programa de treinamento do Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), em Washington, nos Estados Unidos. Em 1958, fez o curso de Projetos de Desenvolvimento Econômico da Universidade do Ceará. Transferindo-se para os EUA, participou do programa de crédito agrícola da Farmer Credit Administration e da Universidade de Purdue, Indiana. Como funcionário da União Pan-Americana, chefiou missão de integração do Peru Central (1960-1961). Ainda em 1961, concluiu pós-graduação em Política Econômica na Universidade George Washington (1961), passando a trabalhar para o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Foi assessor-adjunto de programas da Presidência do BID e subdiretor da Divisão de Empréstimos para a América do Sul. Chefiou diversas missões externas, lecionou em vários cursos promovidos pela instituição e representou o BID na Conferência das Nações Unidas sobre Bacias de Rios Internacionais, realizada em Vancouver, Canadá (1961). De 1966 a 1967, de volta ao Brasil, assumiu a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), no governo de Humberto de Alencar Castelo Branco (1964-1967). No governo de Arthur da Costa e Silva (1967-1969), presidiu o Banco do Nordeste do Brasil. Foi também presidente da Associação Latino-Americana de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (1968-1969) e representante do governo brasileiro no conselho consultivo do Instituto para a Integração da América Latina (Intal).

No governo de Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), exerceu a Presidência do Banco Nacional da Habitação (BNH), cargo que ocupou entre 1971 e 1974. Nesse período, participou da Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente (1972). Depois de deixar o governo, foi diretor da Cimento Nacional de Minas (Ciminas) e da Abril Cultural e Industrial. Durante a gestão do governador Paulo Salim Maluf (1979-1982), chefiou a Secretaria de Planejamento do Estado de São Paulo. Em 1983, no governo de João Batista de Oliveira Figueiredo (1979-1985), assumiu a Presidência da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), em substituição a Luiz Carlos Menezes. Esteve à frente do cargo até 1985, tendo sido sucedido por Antônio Ferreira de Oliveira Brito. Desempenhou em seguida as funções de gerente de operações do BID, em Washington (1985-1989), e de secretário da Fazenda e Planejamento da Bahia (1989-1990), na gestão de Francisco Valdir Pires de Souza (1987-1989).

Em março de 1990, durante a gestão do presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992), assumiu a Secretaria Nacional de Energia (1990-1991), órgão do Ministério da Infraestrutura (Minfra). Foi sucedido na Secretaria Nacional de Energia por Armando Ribeiro de Araújo. De volta ao BID em 1993, tornou-se mais tarde consultor em comércio eletrônico da instituição. Em 1995, passou a ocupar a presidência do conselho de administração da Energy Capital Holding Company, localizada na capital americana. Quatro anos depois, tornou-se consultor em comércio eletrônico do BID, com a tarefa de elaborar relatório com recomendações sobre possíveis linhas de ação para fomentar o comércio eletrônico nos países da América Latina e do Caribe.

Além de várias obras econômicas sobre o Nordeste e os problemas do desenvolvimento, publicou "A missão da Igreja na construção do mundo de hoje", "Equilíbrio entre setor privado e iniciativa governamental", "Desenvolvimento agrícola: realidade histórica e especulações futurísticas", "Da utilidade da futurologia e das lições que poderíamos aprender" e "Notas sobre a formulação de uma política eficiente de emprego".

No dia 09 de setembro do ano de 2017, prestes a completar o seu aniversário de 90 anos, faleceu na cidade de São Paulo.